Maioria dos alemães teme que país entre no conflito
Apesar da preocupação, 55% apoiam o envio de armas pesadas à Ucrânia, segundo pesquisa de opinião. Mulheres são o grupo que mais se preocupa com envolvimento da Alemanha no conflito.
A maioria dos alemães teme que seu país seja arrastado para a guerra na Ucrânia, segundo uma pesquisa de opinião divulgada nesta sexta-feira (13/05). Dos entrevistados, 63% manifestaram tal preocupação.
O levantamento, encomendado pela emissora de televisão pública ARD, aponta ainda que, apesar desse temor, a maioria é a favor de que o país apoie os ucranianos com envio de armas pesadas e treinamento de soldados.
De acordo com a pesquisa, apenas 38% dos alemães afirmaram que seria melhor a Alemanha se conter em relação ao apoio à Ucrânia para evitar ser atacada. Outros 55% disseram não concordar com essa afirmação. Foto: Peter Kovalev
As mulheres são o grupo que mais temem que a Alemanha seja arrastada pela guerra (73%). Já entre os homens, esse temor atinge 51% dos entrevistados. Os eleitores do Partido Verde são os que menos têm essa preocupação (46%). Os mais preocupados são eleitores da legenda ultradireitista AfD (77%).
Passagem de 9 euros
A pesquisa também questionou os entrevistados sobre a proposta do governo alemão de oferecer um ticket mensal de 9 euros que permitiria o uso ilimitado do transporte público local e regional.
O objetivo é aliviar o bolso dos alemães devido ao aumento dos preços dos combustíveis causados pela guerra e estimular o uso do transporte público. Se aprovado, o ticket mensal de 9 euros deverá ser disponibilizado em junho, julho e agosto.
Entre os entrevistados, 44% disseram que pretendem comprar o ticket. Já 53% afirmaram ter pouco ou nenhum interesse na proposta.
A ideia tem mais adeptos nas grandes cidades, onde 60% dos entrevistados pretendem usar o ticket promocional. Nos municípios pequenos e médios, apenas cerca de quatro a cada dez alemães têm interesse. Jovens com menos de 35 anos são o grupo que mais aprova a proposta (55%). Já entre os maiores de 65%, apenas 37% são a favor.
Realizada pelo instituto Infratest dimap, a pesquisa ouviu 1.226 pessoas na Alemanha entre os dias 10 e 11 de maio. A margem de erro é de dois a três pontos percentuais.
Fonte: DW
Foto: Maximilian Clarke