Documento detalha reunião sobre desaparecidos no Amazonas.
A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) documentos que mostram que, em reunião no último dia 10, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) questionou se os desaparecidos Bruno Araújo Pereira e Dom Phillips chegaram a entrar em área indígena e se estes fizeram contato com a (Funai) Fundação Nacional do Índio, previamente.
A Funai informou que não há notícia de que eles tenham ingressado em território indígena.
Na mesma reunião, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) indagou se já havia alguma ação efetiva junto ao Governo Peruano e perguntou quando efetivamente foram iniciadas as buscas. Na ocasião, o Ministério das Relações Exteriores informou que não havia tido contato com as autoridades peruanas até o momento.
Em relação ao início das buscas, o Ministério da Defesa afirmou que as tropas começaram a operação na segunda-feira (6), “logo que se tomou conhecimento do assunto. Após isso as ações foram intensificadas com tropas do Exército Brasileiros e outros órgãos”.
A Defensoria Pública da União (DPU) chegou a questionar a Defesa sobre uma informação concedida em coletiva de imprensa, na quarta-feira (8), de que as tropas teriam sido alocadas no domingo (5). Segundo o GSI, “‘ter os meios alocados’ significa que os meios foram colocados à disposição para a operação de buscas”.
Naquela sexta-feira (10), estavam empenhadas nas buscas quatro embarcações pequenas, embarcações de apoio logístico, um helicóptero Esquilo de MB, um helicóptero Jaguar do Exército Brasileiro (EB) e mais de 200 pessoas, segundo o documento.
Confira a íntegra do documento:
Fonte: CNN Brasil
Foto: Nailson Tenazor/ABr/CC