Esquenta os ânimos com a crise no curral do boi vermelho e branco
Trabalhadores atearam fogo em partes da estrutura da Cidade Garantido, em Parintins, interior do Amazonas. O princípio de incêndio foi provocado na na noite de sexta-feira (8), motivado pela falta de pagamento aliado à ausência de explicação da diretoria do Boi Vermelho e Branco que vive um momento de crise, que vem aumentando desde a derrota para o boi contrário, no retorno do Festival Folclórico de Parintins realizado em junho.
Exigindo seus pagamentos atrasados, dezenas de colaboradores, de diversos seguimentos, estavam desde a tarde de ontem exigindo um posicionamento da diretoria do Garantido. Cansados de esperar por alguma justificativa, o grupo decidiu atear fogo em alegorias e partes da estrutura da sede do Boi Vermelho e Branco, na Baixa do São José.
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados para apaziguar os ânimos da galera encarnada, além de controlar as chamas. A PM precisou usar balas de borracha para dispersar os manifestantes. Essa onda de atear fogo começou no dia 28 de junho, quando houve um princípio de incêndio no local, naquela ocasião, um grupo de kaçauerés também exigia o pagamento pelos serviços prestados.
Os kaçauerés seriam os responsáveis pelos dois protestos. São eles que transportam as alegorias do boi vermelho e branco. Cerca de 200 kaçauerés aguardavam, pacificamente, pelo pagamento dos serviços prestados. Naquela ocasião, a diretoria do Boi Garantido foi ao local para tentar fazer um acordo.
As saídas dos levantadores de toada David Assayag e Sebastião Júnior esquentaram ainda mais o clima da galera vermelha e branca. O coordenador do translado do Garantido, Ronaldinho Gadelha, disse que há “maçãs podres” contaminando e inflamando pessoas a cometerem atos dessa natureza. A diretoria do Boi Garantido não se pronunciado sobre o protesto até o fechamento da matéria.
Foto: Reprodução / Facebook Raelson Santos