Levantamento mostra que 29% dos entrevistados não compreendem o mercado de criptomoedas, enquanto quase 40% não entendem sobre ações ou títulos
Investidores de varejo acreditam que ações e mercados de títulos bem estabelecidos são mais complexos do que o mundo das criptomoedas, mostrou uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial divulgada nesta quinta-feira (4).
A pesquisa realizada em colaboração com o BNY Mellon e a Accenture mostrou que 29% dos investidores disseram que não compreendem o nascente mercado de criptomoedas, enquanto quase 40% dos investidores notaram que não entendiam sobre ações ou títulos.
A pesquisa também revelou que 70% dos investidores de varejo tinham menos de 45 anos de idade.
“Com a adoção global e os volumes de negociação de criptomoedas aumentando substancialmente nos últimos anos, houve muito barulho sobre isso, o que provavelmente está influenciando o conhecimento dos investidores sobre os produtos”, disse Meagan Andrews, líder de investimentos do Fórum Econômico Mundial.
“Menor cobertura de produtos mais tradicionais, como ações e títulos, também pode ter o efeito oposto.”
O valor de mercado das criptomoedas subiu para US$ 3 trilhões no ano passado, de acordo com a plataforma de dados CoinMarketCap.com, mas perdeu quase dois terços de seu valor em meio ao aumento da inflação e ao aperto das condições financeiras.
O pico do mercado de criptomoedas, no entanto, foi minúsculo em comparação com o mercado global de ações de US$ 124,4 trilhões e o ainda maior mercado de títulos de US$ 126,9 trilhões em 2021, de acordo com a Securities Industry and Financial Markets Association.
Uma pesquisa da Gallup publicada em maio mostrou que 58% dos norte-americanos disseram possuir ações.
A pesquisa do Fórum Econômico Mundial com mais de 9 mil indivíduos em nove países também revelou que a maioria dos investidores está procurando construir riqueza a longo prazo.
Mas, cerca de 40% dos entrevistados não investem e disseram que não fazem isso porque não sabem como investir ou acham que investir é muito confuso.
Fonte: Reuters