Como a seca nos EUA favorece a soja brasileira

Perda da competitividade americana por conta do clima seco e da alta do dólar coloca o Brasil em vantagem diante do maior importador do mundo
Produção de soja. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Por Tarso Veloso e Tatiana Freitas / Bloomberg Línea

O Brasil está atraindo parte das vendas de soja dos Estados Unidos, que tem perdido competitividade no mercado global devido à seca sem precedentes que atinge o rio Mississippi e também à alta do dólar.

O baixo nível de água do rio, que paralisa as embarcações no caminho percorrido pela soja norte-americana rumo ao Golfo, elevou o preço de exportação dos EUA, direcionando parte da demanda chinesa para o Brasil.

A China comprou seis navios de soja para embarque em novembro, sendo metade do Brasil e a outra metade dos EUA, segundo Arlan Suderman, economista chefe da área de commodities da StoneX. Historicamente, a China estaria comprando quase que exclusivamente dos EUA, que costuma ter uma soja mais barata nesta época do ano devido ao período de colheita.

O movimento atípico pode reduzir as exportações americanas e aumentar os estoques americanos, contribuindo para uma baixa dos preços futuros da soja na Bolsa de Chicago, cenário já desenhado pela demanda mais enfraquecida da China este ano e pela expectativa de uma colheita recorde no Brasil a partir de janeiro do próximo ano.

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