Curso discute mensuração dos impactos do turismo na Amazônia

"As pessoas só defendem aquilo que conhecem", afirma Algacir Polsin, superintendente da Suframa

Por Enock Nascimento / Suframa

A aferição de dados da atividade turística e o dimensionamento de seus desdobramentos nos diversos setores da economia foram alguns dos temas abordados no segundo módulo do curso Mensuração de Impactos do Turismo por meio da Matriz Insumo-Produto (MIP), realizado durante três dias no auditório da Suframa e cujo encerramento ocorreu nesta sexta-feira (11).

Durante o curso os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o funcionamento da matriz insumo-produto, como construí-la em planilha, a aplicabilidade dela para as atividades turísticas, além de realizar exercícios em áreas como transporte aéreo, agências e organizadores de viagens, atividades auxiliares dos transportes aéreos, estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporário e restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação.

A matriz de insumo-produto apresenta as relações entre os setores da economia, ao registrar os fluxos de bens e serviços e demonstrar as relações intersetoriais dentro do sistema econômico de um país ou estado.

A coordenadora do Observatório de Turismo da UEA, a turismóloga Márcia Raquel Guimarães, destacou que o curso fornece ferramentas para o planejamento de políticas públicas.

“O curso, realizado inicialmente no ano passado e agora, no segundo módulo, tem sido muito importante para disseminar o conhecimento sobre essa ferramenta da Economia, que é muito útil e necessária tanto para o planejamento de políticas públicas e ordenamento voltadas para o turismo quanto para a tomada de decisão baseada em dados que possam rastrear o impacto econômico da atividade turística em outros setores do Amazonas e no restante do Brasil”.

O superintendente da Suframa, Algacir Polsin, salientou a importância do aprimoramento das políticas públicas voltadas ao turismo e ressaltou o potencial de crescimento do setor para regiões como a Amazônia.

“Na Suframa, por exemplo, instituímos o projeto ZFM de portas abertas para incluir as fábricas do Polo Industrial de Manaus no roteiro das agências de turismo, como forma de ampliar o conhecimento sobre o funcionamento da Zona Franca de Manaus entre os turistas. As pessoas só defendem aquilo que conhecem”.

Parceria

O curso foi promovido em parceria com o Observatório de Turismo da Universidade do Estado do Amazonas (Observatur-UEA), Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e Autarquia, e foi ministrado pelo técnico da Coordenação-Geral de Elaboração e Avaliação dos Planos de Desenvolvimento da Sudam, economista Sérgio Felipe Melo da Silva.

Os inscritos foram representantes de órgãos membros da Rede Observatur-UEA: Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti-AM), Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC-AM), Prefeitura Municipal de Manaus através da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (ManausCult), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-AM) , Federação do Comércio do Estado do Amazonas (Fecomércio) e Sudam.

A solenidade de abertura, realizada na quarta-feira (9), está disponível no canal YouTube da Suframa e pode ser conferida pelo link:
https://www.gov.br/suframa/pt-br/publicacoes/seminarios-apresentacoes

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