Negociadores da COP27 buscam acordo após fim da conferência climática

Ainda não consenso sobre fontes de financiamento para compensar países devastados por catástrofes climáticas

Os representantes dos países na COP27 devem fazer um esforço final para chegar a um acordo, mesmo após o fim da conferência climática deste ano. Os últimos eventos foram realizados na sexta-feira (18).

Os negociadores ainda precisam chegar a um consenso sobre fontes de financiamento para compensar países devastados por catástrofes climáticas, como inundações, secas, tempestades e incêndios florestais, provocadas pelo clima.

Um rascunho oficial do acordo divulgado na manhã de sexta-feira apenas reafirmou os compromissos anteriores de limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius – o ponto em que os cientistas dizem que os efeitos da mudança climática ficarão muito piores.

Em um avanço potencial, a União Europeia disse na quinta-feira que apoiaria a demanda do grupo G77 de 134 países em desenvolvimento para criar um fundo para ajudá-los a lidar com as chamadas “perdas e danos”.

Mas não ficou claro na sexta-feira se os países em desenvolvimento aceitariam a estipulação da UE de que o financiamento venha de uma ampla base de países, incluindo a China, e que apenas “os países mais vulneráveis” se beneficiem da ajuda.

Os delegados ainda estavam esperando para saber como os Estados Unidos e a China responderiam. Alguns países, incluindo a UE e a Grã-Bretanha, também pressionaram pelo acordo geral no Egito para garantir compromissos dos países para ações climáticas mais ambiciosas.

Outros, incluindo a Índia, esperam que o acordo final peça aos países que reduzam gradualmente todo o uso de combustíveis fósseis, em vez de apenas carvão – uma ideia à qual os países ricos em recursos naturais, especialmente na África, têm resistido.

Um acordo na COP27 deve ser feito com o apoio de todos os quase 200 países presentes. Para uma cobertura abrangente diária da COP27 em sua caixa de entrada, inscreva-se no boletim informativo Reuters Sustainable Switch aqui.

Fonte: Reuters

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