FMI projeta alta de 3,2% no PIB da China em 2022 e de 4,4% em 2023

Foto: Divulgação / El País

Por Mateus Andrade / CNN Brasil

O crescimento do PIB da China é projetado em 3,2% para 2022, melhorando para 4,4% em 2023 e 2024, segundo o estudo mais recente do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O relatório aponta que, após a impressionante recuperação do impacto inicial da pandemia, o crescimento chinês desacelerou e continua sob pressão. No curto prazo, uma mudanças da estratégia de “Covid Zero”, incluindo uma aceleração na vacinação, e outras ações para acabar com a crise do setor imobiliário, apoiariam o crescimento, aponta o Fundo.

A vice-diretora do FMI, Gita Gopinath afirma, “embora a estratégia Covid Zero tenha se tornado mais ágil ao longo do tempo, a combinação de variantes da covid-19 mais contagiosas e lacunas persistentes na vacinação levaram à necessidade de bloqueios mais frequentes, pesando no consumo e no investimento privado, inclusive na habitação”.

“O aperto regulatório no setor imobiliário, embora bem-intencionado para conter a alta alavancagem, aumentou as graves tensões financeiras para os desenvolvedores, levando a uma rápida desaceleração nas vendas e investimentos imobiliários, juntamente com um declínio acentuado nas receitas de venda de terras do governo local”, avalia ainda a diretora.

Em 2023, na sequência dos apoios prestados este ano, a política orçamental deverá proteger a recuperação e facilitar o reequilíbrio na China, avalia o FMI.

“Uma postura de política fiscal neutra voltada para o apoio às famílias ajudará no reequilíbrio para o consumo e impulsionará o crescimento de forma mais eficaz. A política monetária deve permanecer acomodatícia e basear-se mais em medidas baseadas na taxa de juros”.

A longo prazo, as crescentes tensões geopolíticas representam riscos de fragmentação por meio de pressões de dissociação financeira e limites ao comércio, investimento estrangeiro direto e troca de conhecimento em torno da tecnologia, avalia o Fundo.

Publicidade

Últimas Notícias

Revista PIM Amazônia

Rolar para cima