A indústria de petróleo e gás do Brasil vai investir US$ 183 bilhões (R$ 990 bilhões) até 2031 em projetos na atividade de exploração e produção. O país é o nono maior produtor mundial de petróleo e os investimentos poderão ampliar em 47% o número de postos de trabalho no primeiro elo da cadeia produtiva, saltando dos 344 mil de hoje para 507 mil. Atualmente, 1,6 milhão de pessoas atuam em todo o setor, em empregos diretos e indiretos.
Além da importância da geração de emprego e renda, a indústria de óleo e gás tem presença forte na arrecadação: foram R$ 104 bilhões em 2021. Estão embutidos nesse valor, tributos, bônus de contratações de blocos exploratórios, royalties, participações especiais, dividendos distribuídos pela Petrobras e a parcela da União proveniente do regime de partilha do pré-sal.
Outro dado importante diz respeito às exportações. Em 2021, o Brasil se destacou como um dos maiores exportadores de petróleo e derivados com um total de 1,6 milhão de barris por dia enviados ao exterior. O país ocupa a 8° posição nesse ranking.
Investimentos do governo
Na esfera governamental, o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2031 do Ministério das Minas e Energia (MME) prevê um investimento de R$ 3,2 trilhões até 2031, sendo quase 85%, R$ 2,72 trilhões, no setor de petróleo, gás e biocombustíveis.
O PDE sinaliza com o aumento de 78% na produção de óleo: de 2,9 milhões para 5,2 milhões de barris/dia até 2031. As reservas do pré-sal serão responsáveis por 80% do total produzido, o que colocaria o Brasil como quinto produtor e exportador no ranking mundial.
No segmento de gás natural, o crescimento da produção seria de 116%, saltando de 134 milhões para 277 milhões de metros cúbicos por dia, sendo 73% oriundos do pré-sal.
Fontes: Além da Superfície / IBP / PDE-MME
