O uso de métodos de pagamento modernos, como Pix, carteiras digitais e QR Code, está entre as tendências para 2023. É o que mostra o “Carat Insights – Tendências dos Meios de Pagamento para 2023” da Fiserv, empresa de tecnologia de pagamentos e serviços financeiros, divulgada nesta semana.
De acordo com o estudo, os brasileiros estão familiarizados com uma grande variedade de métodos de pagamento. Entre eles, o Pix se destaca, tanto por causa da conveniência quanto pelo fato de não exigir que o consumidor carregue dinheiro. Isso é constatado em todas as regiões, gêneros e faixas etárias.
Além disso, três em cada quatro entrevistados fazem pelo menos uma transação com o Pix por semana e 64% do total de respondentes veem o pagamento instantâneo como uma modalidade na qual é possível negociar valores ou descontos.
A pesquisa mostra que, nos próximos dez anos, o Pix provavelmente continuará sendo o método de pagamento preferido, com 87% dos consumidores dizendo que planejam usá-lo. Ele é seguido por carteiras digitais (80%) e pagamento por QR Code (78%).
Dinheiro, transferência eletrônica (TED) e pagamentos no caixa devem ser menos comuns – o que evidencia e necessidade de o varejo repensar os canais e meios de pagamento para melhor acomodar as mudanças dos hábitos de consumo.
Experiência omnichannel
De acordo com a pesquisa “Carat Insights – Tendências dos Meios de Pagamento para 2023” da Fiserv, a experiência omnichannel desponta como uma tendência em relação a 2021. Além disso, quatro em cada dez entrevistados tiveram uma experiência de compra invisível, ou seja, em que não é necessário incluir os dados de um meio de pagamento a cada solicitação de serviço ou compra – algo com o que o cliente se acostumou a pedir um carro do Uber, por exemplo.
“O momento de pagamento era sofrido para cliente. Hoje, não: o momento de pagamento virou uma experiência. A gente busca lojas que oferecem uma melhor experiência ou em que a gente não perceba que está passando pelo pagamento. A experiência omnichannel consiste em garantir que o cliente possa ter o mesmo tipo de relacionamento com a loja, independentemente do canal, e a mesma oferta. O varejo não pode oferecer Pix numa loja física e não oferecer no online, por exemplo. Precisa ser em todos os canais”, analisa Giuliana Cestaro, diretora de Produtos E-commerce da Fiserv para a América Latina.
Entre os respondentes da pesquisa, 66% afirmaram já terem utilizado carteira virtual e 43% utilizam apenas uma carteira, enquanto 38%, duas carteiras, 12%, três carteiras e 7%, mais de três. A maioria dos entrevistados com wallets a utilizam para pagar bens e serviços (61%), para transferência (49%), para controle de despesas (35%), para benefícios e descontos (34%), para obter cashbacks (30%), para investimento (28%), para crédito (22%) e para conta em dólares (12%).
“A maquininha física não vai deixar de existir. Existe uma redução natural por causa da digitalização da economia, que traz outras formas de pagar, como Pix e wallets, mas o cartão ainda é um meio importante de pagamento”, diz Giuliana.
As compras em lojas físicas, ao menos uma vez por semana, continuam sendo as mais frequentes (44%), mas 29% dos entrevistados realizam compras online ao menos uma vez por semana. O conceito da experiência omnichannel já é percebido por 20% dos entrevistados que realizam compras ao menos uma vez por semana, transitando entre os canais.
Em comparação com a versão anterior deste estudo da Fiserv, a intenção de compra pela internet nos próximos 12 meses cresceu de 54% para 67%.
Fonte: Mercado & Consumo