A Brado acaba de ampliar seu terminal de transbordo em Rondonópolis (MT). Com a instalação de duas pontes rolantes para tirar fardos de algodão dos caminhões que chegam ao terminal, dobrou-se a capacidade para operação com pluma de algodão. O tempo de descarga foi reduzido pela metade, de 40 minutos para 20 minutos, em média.
O equipamento normalmente é empregado na movimentação de produtos como fardos de palha e de celulose. Seu uso na operação do algodão representa uma inovação da equipe de engenharia da Brado, e é inédito no Brasil. “Além de otimizar a operação, as pontes reduzem em praticamente metade a necessidade de empilhadeiras, que são movidas a diesel”, diz Homero Rech, gerente de engenharia da empresa. “As pontes funcionam com energia elétrica, que são uma fonte mais limpa”.
O terminal da Brado em Rondonópolis, que já contava com 6,4 mil m² de área útil, passa agora a ter mais 1,8 mil m², dedicados exclusivamente à descarga dos caminhões. A capacidade vai subir de 24 caminhões para 50 caminhões recebidos por dia, e de 45 contêineres para 99 contêineres carregados por dia. Após serem descarregados com a nova tecnologia, os fardos de algodão são estufados em contêineres e seguem de trem até o Porto de Santos.
A participação da Brado no mercado de algodão vem crescendo exponencialmente nos últimos anos. Em 2020 foram 4,5 mil contêineres movimentados e 2022 deve fechar o ano com quase 14 mil. Trata-se de um crescimento de quase 200% no volume em apenas dois anos. Cada contêiner comporta cerca de 25 toneladas de algodão, ou seja, em 2022 serão 350 mil toneladas transportadas pelos trilhos entre Rondonópolis e Santos.
“O Mato Grosso detém 70% da produção de algodão do país e hoje o nosso share é de 27%, afirma o presidente da empresa, Marcelo Saraiva. Nosso investimento é fundamental para crescermos nesse mercado, oferecendo uma solução ambientalmente mais limpa, mais segura e que garante maior qualidade do produto”.
Fonte: Portos e Navios