A produção aumentou e o emprego na indústria brasileira ficou estável em março. O indicador de evolução da produção subiu para 55,2 pontos e o de emprego ficou em 49,6 pontos no mês passado. As informações são da Sondagem Industrial, divulgada na última segunda-feira (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A pesquisa observa que o crescimento da produção em março foi mais intenso do que o usual para o mês. O índice de evolução da produção, de 55,2 pontos, ficou 8,7 pontos acima do de fevereiro e é 2,1 pontos maior do que a média histórica dos meses de março. Os indicadores da Sondagem variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos indicam aumento da produção e do emprego no setor.
Mesmo com o resultado positivo, há outros componentes que comprometem a aceleração do ritmo de crescimento da atividade, alerta o economista da CNI Marcelo Azevedo. \”A Sondagem mostra que as condições financeiras das empresas pioraram, os estoques estão com algum excesso e a ociosidade continua elevada\”, diz Azevedo.
De acordo com a pesquisa, o indicador de nível de estoques em relação ao planejado ficou em 50,6 pontos, pouco acima da linha divisória de 50 pontos, indicando que os estoques estão levemente acima do planejado. O indicador de utilização da capacidade instalada subiu de 64% em fevereiro para 66% em março. Com isso, a ociosidade é de 34%.
EXPECTATIVAS E INVESTIMENTOS – Os índices de perspectivas para os próximos seis meses também estão menores do que em março, embora os indicadores ainda apontem para o aumento da demanda, da compra de matérias-primas, das exportações e do emprego. O índice de expectativa de demanda caiu para 58,4 pontos, o de compras de matérias-primas recuou para 56 pontos, o de número de empregados ficou em 50,8 pontos e o de quantidade exportada alcançou 55,4 pontos. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram empresários otimistas.
PROBLEMAS – De acordo com a Sondagem Industrial, a elevada carga tributária, com 42,6% das assinalações,foi o principal problema enfrentado pelas empresas no primeiro trimestre. Em seguida, com 34,5% das respostas, aparece a falta de demanda interna e, em terceiro lugar, com 23,1% das menções, aparece a falta ou o alto custo da matéria-prima.