O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas recuou 2,6 pontos em abril, ao passar de 92,0 para 89,4 pontos. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, apresenta alta de 7,2 pontos e se mantém positivo em médias móveis trimestrais.
“A queda da confiança em abril é uma devolução de mais da metade da alta do mês anterior. Consumidores de todas as classes de rendas se sentem menos otimistas em relação à situação econômica nos próximos meses, influenciados em parte, pela redução das suas expectativas sobre o mercado de trabalho”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor.
Em abril, tanto as avaliações sobre a situação atual quanto as expectativas em relação aos próximos meses pioraram. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 2,3 pontos, para 76,3 pontos e o Índice de Expectativas (IE) recuo 2,5 pontos, ao passar de 101,5 pontos para 99,0 pontos.
Entre os quesitos que integram o ICC, a maior contribuição para a queda da confiança no mês foi dada pelo indicador que mede o otimismo com relação à economia nos meses seguintes, que caiu 7,3 pontos ao passar de 118,0 para 110,7 pontos, o menor nível desde agosto de 2017 (105,7).
Em relação à avaliação dos consumidores sobre o momento, o indicador que mede o grau de satisfação atual com a economia recuou 1,1 ponto, para 83,3 pontos enquanto o indicador que mede a situação financeira das famílias caiu 3,4 pontos, para 69,8 pontos.
Em relação às perspectivas futuras, tanto o indicador que mede a situação financeira das familias quanto o ímpeto de compras debens duráveis se mantiveram relativamente estáveis na margem.
A análise por classes de renda reforça o resultado volátil que tem se apresentado o ICC nos últimos meses. Houve queda da confiança em todas as classes de renda, exceto para as famílias com renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00. O destaque negativo ocorreu na classe de renda com menor poder aquisitivo (renda familiar até R$2.100,00 mensais) cujo índice caiu 14,1 pontos, influenciando a queda da confiança em abril. Para esses consumidores houve piora da satisfação sobre a situação financeira no momento e redução do otimismo em relação à economia, às finanças pessoais, intenção de compra de bens duráveis e emprego.