O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu de forma inesperada na semana passada, oferecendo mais evidências da resiliência da economia dos Estados Unidos, apesar da política monetária mais rígida do Federal Reserve (Fed).
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 1.000 na semana encerrada em 11 de fevereiro, para 194 mil em dado com ajuste sazonal, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (16). Economistas consultados pela Reuters previam 200 mil reivindicações para a última semana.
Os pedidos permanecem baixos, apesar das demissões na indústria de tecnologia e em outros setores altamente sensíveis às taxas de juros.
Alguns dos trabalhadores demitidos devem estar encontrando novos empregos ou estão atrasando o pedido por benefícios devido aos pacotes de indenização.
As empresas têm relutado em demitir trabalhadores depois de enfrentarem dificuldades para contratar durante a pandemia.
A Federação Nacional de Empresas Independentes informou nesta semana que a parcela de pequenas empresas que relataram abertura de vagas aumentou em janeiro, dizendo que isso sugere que “os proprietários ainda estão vendo oportunidades para expandir seus negócios”.
A resiliência do mercado de trabalho, marcada pela menor taxa de desemprego em mais de 53 anos, é um dos fatores que deixaram os mercados financeiros na expectativa de que o Federal Reserve continue elevando os juros até o meio do ano.
O banco central norte-americano elevou sua taxa de juros em 450 pontos-base desde março passado, de quase zero para uma faixa de 4,50% a 4,75%, com a maior parte dos aumentos entre maio e dezembro.
Dois aumentos adicionais de 25 pontos são esperados em março e maio. Os mercados financeiros apostam em mais uma alta em junho.
Um segundo relatório do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira mostrou que o aumento dos preços ao produtor acelerou em janeiro em relação ao mês anterior.
O índice de preços ao produtor para demanda final subiu 0,7% no mês passado, após cair 0,2% em dezembro.
Nos 12 meses até janeiro, o índice aumentou 6,0%, após avançar 6,5% em dezembro. Economistas previam que os preços subiriam 0,4% em relação ao mês anterior e avançariam 5,4% no ano.
Fonte: Reuters