Estudo inédito realizado pela Wilson Sons com apoio do Cubo Maritime & Port, iniciativa do Cubo Itaú, Porto do Açu e Hidrovias do Brasil para promover a colaboração entre grandes corporações, revela que há 528 startups vinculados à indústria marítima no mundo.
Os Estados Unidos são o líder do ranking, com 81 startups, seguidos de Israel, com 67. O Brasil fica em oitavo lugar, com 22 startups, à frente de países como França (19), Espanha (17) e Noruega (12).
De acordo com o estudo “Mapeamento de Startups Marítimas e Portuárias”, 214 das shiptechs mapeadas (mais de 40% do total) desenvolvem soluções com uso de Big Data & Analytics. E a Inteligência Artificial/Machine Learning, com 85 startups, fica em segundo entre as principais tecnologias, à frente de Internet das Coisas (IoT), Sensores & Monitoramento (83).
“A relevância econômica do setor, atrelado a seus conhecidos desafios operacionais na gestão, coordenação e segurança das atividades de navegação e atracação, vem chamando a atenção de startups e empreendedores mundo afora. Tal fato é evidenciado pela proliferação de soluções tecnológicas voltadas para a nossa indústria nos últimos anos”, destacou o CEO da companhia, Fernando Salek.
“Atualmente, existem cerca de 20 ecossistemas de inovação dedicados ao tema espalhados por todos os continentes, que englobam mais de 500 startups, com destaque para a quantidade oriunda de países como EUA, Holanda, Israel, Reino Unido e Cingapura. No entanto, apesar da relevância, do potencial econômico e da forte demanda por soluções tecnológicas em nosso setor, entendemos que este número de startups ainda pode aumentar significativamente”, complementou.
Segundo o estudo, dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) indicam que entre 80% e 90% do comércio global são feitos pelo modal aquaviário, enquanto os produtos transportados somam cerca de USD 5 trilhões em valor agregado. E estão acontecendo agora mudanças, em larga escala, que irão transformar o cenário global, com quatro tendências principais: proliferação de ship techs com soluções integradas; mudanças regulatórias focadas em descarbonização; colaboração e compartilhamento de dados (crowdsourcing); e operações remotas ou autônomas de navios e equipamentos portuários.
No caso das startups, a maioria das empresas mapeadas pelo estudo oferece soluções para gestão e monitoramento de frota (155). Em segundo lugar vêm aquelas (147) que apoiam frete e comércio internacional. Outras quatro categorias foram identificadas: serviços especializados (93), gestão de portos e terminais (64), cibersegurança e sustentabilidade (50) e construção e manutenção naval (18).
Sobre as tecnologias, no ranking por Tech Clusters, o destaque é o Big Data, com 214 startups (mais de 40% das shiptechs mapeadas). Ele é aplicado em manutenção preditiva, otimização de rotas, gestão de documentos, automatização de operações e construção de embarcações. Depois, com 85 startups no total, estão a Inteligência Artificial, que é utilizada para a otimização da programação de navios pelas empresas de navegação, e o Machine Learning, um subconjunto de IA, para prever o consumo de combustível e traçar rotas ideais para as embarcações. Internet das Coisas, Sensores e Monitoramento (83) podem ser usados para prever o consumo de combustível e traçar rotas ideais para as embarcações. Além desses foram identificados, no ranking de Tech Clusters, Robótica & Drones (42 startups), Blockchain (20) e Realidade Virtual & Realidade Aumentada (12).istem hoje, em todo o mundo, 528 startups no setor marítimo e portuário ou com soluções que atendam diretamente a demandas dessa indústria, distribuídas por 45 países em cinco continentes.
A Wilson Sons é investidora minoritária em três startups, detentoras de tecnologias e soluções relevantes para a transformação digital da indústria. A israelense DockTech (faz mapeamento do leito dos portos para tornar mais eficientes a navegação e a dragagem), a brasileira Argonáutica (com a ferramenta de calado dinâmico otimiza a carga dos navios e a atracação nos terminais) e a britânica AlDrivers (conversão de veículos e maquinários convencionais, como caminhões, em equipamentos autônomos).
O estudo pode ser visualizado na íntegra clicando neste link.
Fonte: Portos e Navios