O Ibovespa fechou em leve alta de 0,74%, aos 103.343,66 pontos, encerrando uma sequência de cinco quedas, embalado pelo avanço de Wall Street, em meio a um certo alívio com a ajuda do banco central suíço de US$ 54 bilhões ao Credit Suisse, embora a melhora siga frágil, principalmente com a decisão do Federal Reserve na próxima semana ainda em aberto.
Também repercutiu no mercado a notícia de que grandes bancos norte-americanos estão negociando a injeção de capital no First Republic Bank, instituição financeira que vinha sendo monitorada com atenção pelo governo dos EUA. O montante do aporte será de US$ 30 bilhões, disseram reguladores.
Já o dólar encerrou em queda de 1,05%, a R$ 5,238, com o aumento da confiança de que instituições e países conseguirão evitar o espalhamento da crise bancária, abrindo espaço para os investidores voltarem a buscar ativos de maior risco, como o real brasileiro.
Na véspera, a moeda norte-americana à vista fechou o dia cotada a R$ 5,294 na venda, em alta de 0,70%; o Ibovespa, em queda de 0,25%, a 102.675,45 pontos.
Nesta manhã, o Banco Central Europeu elevou as taxas de juros em 0,5 ponto percentual, como prometido, ignorando o caos do mercado financeiro e os pedidos dos investidores para reduzir o aperto da política monetária pelo menos até que o sentimento se estabilize.
Esperava-se que a instituição pudesse reavaliar dua política, mas não foi o que aconteceu.
Em paralelo, parte dos mercados globais amanheceu com uma ponta de calmaria, com o anúncio do Banco Central da Suíça de que injetaria US$ 54 bilhões no Credit Suisse, que sofre um abalo de confiança sem precedentes em seus mais de 150 anos de história.
Na última quarta-feira (16), o Credit Suisse viu suas ações despencarem em mais de 25% após o principal acionista, o Saudi National Bank (SNB), afirmar que não daria nova ajuda financeira ao banco suíço.
A notícia abalou bolsas do mundo todo — inclusive a brasileira –, e a confiança dos investidores no sistema bancário foi dissolvida em incerteza.
A queda ocorreu um mês após uma perda histórica para o banco e se espalhou para outras ações de bancos europeus, com credores franceses e alemães como BNP Paribas, Société Générale, Commerzbank e Deutsche Bank caindo na quarta-feira. Bancos italianos, britânicos e americanos também caíram.
Fontes: CNN / Reuters