Por Waldick Júnior
Prevista para ocorrer no segundo semestre, a Campus Party Amazônia está na mira da Prefeitura de Manaus para servir como vitrine de atração de investimentos privados em pesquisa e inovação. É o que afirma o secretário municipal de Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), Radyr Jr, em entrevista exclusiva à PIM Amazônia.
“Conversei esses dias com o presidente da Campus Party e já estamos construindo esse planejamento. O evento é muito importante, porque vai trazer pessoas do mundo inteiro. Nem vou falar do impacto no turismo, do movimento empreendedor, no aquecimento da economia, mas sim ressaltar o capital que vai ficar, o legado da história de um evento desse passar pela cidade e contaminar pessoas para que se movimentem em direção à área da tecnologia e inovação”, disse.
O titular da pasta vê o festival como uma maneira de impulsionar o crescimento de todo o Polo Digital. Segundo ele, embora a cidade possua “um capital intelectual importante”, como os institutos de pesquisa e as verbas para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Lei de Informática, ainda há gargalos a serem eliminados.
“Manaus tem uma lacuna absurda a ser preenchida por pessoas qualificadas para atender o ambiente de inovação. Então, a Campus Party Amazônia pode conscientizar os entes públicos a investirem mais em inovação, como a prefeitura tem feito”, pontuou.
A expectativa, segundo Radyr Jr, é que o evento também sirva como uma ‘exposição’ do que já existe na cidade. Segundo a Associação do Polo Digital de Manaus (APDM), o setor emprega cerca de 9 mil pessoas.
Estratégias
Para além do festival, o titular da Semtepi destaca outras duas estratégias tocadas atualmente pela pasta para fomentar o setor de inovação. A primeira é o estabelecimento de uma parceria com a indústria de jogos para impulsionamento da área.
“Ressalto a nossa parceria com a Federação Amazonense de E-Sports [Faesp], entidade que está ali na ponta, lidando com as pessoas e fazendo hackathons. Fizemos parceria de qualificação profissional, de competição de Free Fire e eventos de inovação na área geek, de games”, pontua.
A segunda estratégia, segundo ele, é tornar a cidade uma consumidora de parte da produção tecnológica do Polo Digital. “Estamos num processo de contratação de uma startup para solucionar problemas dos permissionários. A prefeitura já fez vários hackathons para solucionar problemas dela mesmo, ou seja, consumindo a produção local, que é o ser humano, a criação daqui”, exemplifica.