Por Waldick Júnior
O governo federal recriou o Conselho Nacional do Desenvolvimento Industrial (CNDI). Fundado em 2004 e extinto há sete anos, o colegiado tem o objetivo de propor políticas nacionais e medidas específicas ligadas ao setor. O CNDI será presidido pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, e formado por outras 20 pastas da gestão federal.
Conforme o Decreto n. º 11.482/2023, que traz as diretrizes sobre o Conselho, o grupo contará também com 21 representantes da sociedade civil, cuja nomeação será feita pelo ministro Alckmin e dará direito a um mandato de dois anos.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também integrará o colegiado. As reuniões ordinárias acontecerão semestralmente.
“Com a recriação do CNDI, as discussões em torno da nova política industrial brasileira ganharão mais densidade e um fórum permanente de diálogo, de ideias e de sugestões no rumo da inovação, digitalização e da sustentabilidade”, afirmou Alckmin, após a publicação do decreto.
A recriação do ‘Conselhão’, como era chamado no passado, acontece em meio a uma busca do governo federal de reindustrialização do país. Nesse processo, o ministro Geraldo Alckmin, quando veio a Manaus, em março, ressaltou que a Zona Franca tem papel importante.
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) está representada no Conselho por meio do Mdic, mas dada a relevância do Polo Industrial de Manaus, o portal PIM Amazônia questionou a Suframa sobre se deve haver uma participação mais direta da autarquia.
O superintendente interino, Marcelo Pereira afirmou que, apesar de não haver cadeira no Conselho, atores da Zona Franca poderão ser convidados em determinados momentos para discussões.
“Afinal, a Zona Franca de Manaus é um modelo dos mais exitosos em termos de industrialização e essa ação está inserida no contexto do governo federal de transformar a Zona Franca, efetivamente, em Zona Franca do Brasil”, destacou.