Empresa paraense confeccionará a corda do Círio 2023

Pela primeira vez, um dos mais importantes símbolos da festividade será produzido no Pará. O sisal será substituído pela juta e malva amazônicas

Por Aldirene Gama / Sedeme

A corda do Círio 2023, pela primeira vez, será confeccionado por empresa genuinamente paraense, apoiada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineral e de Energia (Sedeme). 

A missão cercada de religiosidade está sob a responsabilidade da Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), sediada no município de Castanhal, na Região Metropolitana de Belém – porta de entrada para o nordeste paraense.  

Segundo o secretário adjunto da Sedeme, Carlos Ledo, no ano de 2022, o projeto da corda do Círio 2023 foi lançado à Companhia Têxtil Castanhal, empresa paraense incentivada pelo governo do Estado, que aceitou de pronto, produzindo um protótipo apresentado à Diretoria da Festa de Nazaré.

“A corda vai ser feita com matéria prima eminentemente amazônica (juta e malva) substituindo a de sisal que era produzida em Santa Catarina há muitos anos, portanto, este ano a nossa corda do Círio vai ser produzida no Pará e com insumo paraense”, ressaltou o secretário adjunto da Sedeme, Carlos Ledo. 

O protótipo de 50 metros foi apresentado em dia 31 de março passado, na sede da CTC, em  visita do coordenador do Círio 2023, Antônio Salame. Ele esteve acompanhado do secretário, Carlos Ledo e da diretora de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços (DICS/Sedeme), Michelle Abdon.

Também participaram da visita o vice-prefeito de Castanhal Ênio Monteiro; a secretária municipal de Indústria, Comércio e Serviços, Ester Pulqueira; a gerente do Sebrae na Região Guamá, Gisele Freitas; e representantes da Emater, entre outros visitantes.

A corda terá 800 metros de comprimento, dividida em duas partes iguais de 400 metros, para trasladação e Círio. O artigo religioso será doado à Diretoria da Festa Nazaré(DFN) pela Sedeme em parceria com a CTC.

O titular da Sedeme, Paulo Bengtson, reforça que a missão da empresa CTC, na confecção da Corda do Círio, mostra o potencial industrial da (CTC) e ratifica o compromisso do governo do Pará, em tornar as empresa paraenses competitivas. A produção da corda no Pará, afirmou o titular da Sedeme, também contribui para maior economia da Diretoria da Festa de Nazaré com os custos da festividade.

O coordenador Círio, Antônio Salame, reforçou a produção cem por cento paraense do ícone religioso, do plantio à fabricação do fio será realizada no Pará.

“Estamos muito felizes, pois a corda do Círio representa um desejo de nossa população em caminhar atrelada (a berlinda) de Nossa Senhora e a Jesus, e cada pessoa que participar deste processo de produção da corda, desde a semente, plantação, colheita e fabricação, se sentirá um promesseiro da corda. Além disso, nesta nova proposta, vamos valorizar a produção local e também baratear mais este ícone da festividade, pois além da doação da corda, vamos economizar com o transporte”, destaca Antônio Salame.

Hélio Meirelles, presidente da Companhia Têxtil de Castanhal, disse que  a corda deverá ficar com aproximadamente 700kg. Ainda segundo o presidente da (CTC), duas propostas foram apresentadas à Diretoria da Festa de Nazaré (DFN): a primeira com 50 milímetros de diâmetro e a segunda com 60 milímetros de diâmetro. As opções estão sendo avaliadas pela Diretoria da Festa para que se faça o teste de carga.

Hélio Meirelles, presidente da Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), disse que  a corda deverá ficar com aproximadamente 700kg. Ainda segundo o presidente da (CTC), duas propostas foram apresentadas à Diretoria da Festa de Nazaré (DFN): a primeira com 50 milímetros de diâmetro e a segunda com 60 milímetros de diâmetro. As opções estão sendo avaliadas pela Diretoria da Festa para que se faça o teste de carga.

Corda será macia ao toque

Hélio Meirelles ressalta que pelas características naturais das fibras, a corda será macia ao toque das mãos e também resistente. Todas as etapas de produção estão sendo feitas pela Companhia Têxtil de Castanhal sob acompanhamento e colaboração da Diretoria da Festa de Nazaré (DFN). O que  inclui todo o processo de transformação das fibras naturais, partindo da preparação e do plantio das sementes de juta e malva aos cabos retorcidos que dão origem à corda.

“Esta é a primeira vez que a corda do Círio de Nazaré é produzida no Pará, o que é motivo de muito orgulho para nós, da Companhia Têxtil de Castanhal (antes era produzido em Santa Catarina). É, realmente, um trabalho importante para nós. O Círio de Nazaré é, sem dúvida, uma das maiores tradições religiosas do mundo. Sem corda não há Círio.  É uma  grande responsabilidade e nos sentimos gratos pela honra de representar, reconhecer e valorizar a força do trabalho envolvido em toda cadeia, desde os projetos de agricultura familiar até a etapa de transformação têxtil, que será materializada pela entrega da corda. A corda do Círio 2023 será repleta de representatividade e simbolismo”, disse o presidente da CTC.

Ainda segundo Meirelles, todos os 1.100  colaboradores estão envolvidos com essa missão, direta ou indiretamente. 

Hélio Meirelles informou que ainda não há uma data fixa para a entrega da corda. “Podemos afirmar que a corda será entregue com bastante antecedência, comparada com os anos anteriores. Esse é um dos diferenciais da corda do Círio 2023: a entrega em meados do mês de agosto,” acrescentou o presidente da CTC.

Incentivo Fiscal

As empresas apoiadas pelo governo por meio da Sedeme, recebem incentivos fiscais, que reduzem em até 90% os impostos que elas precisam operar. Atualmente, 170 empresas recebem incentivos do Estado. Segundo dados extraídos dos processos aprovados, as empresas projetam a geração de mais de 40 mil empregos diretos e faturamento acima de R$ 110 bilhões.

O Estado concede incentivos fiscais por meio das Leis nº 6.489, de 27 de setembro de 2002, e 6.912, 6.913, 6.914 e 6.915, de 03 de outubro de 2006. As normas buscam, junto com outras ações e medidas governamentais, a consolidação de um processo de desenvolvimento econômico moderno e competitivo, socialmente mais justo e sustentável, com maior internalização e melhor distribuição de seus benefícios.

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