Por Waldick Júnior
Nesta semana, o presidente Lula (PT) assinou o decreto de reestruturação do Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert). O colegiado, criado em 2021, tem por objetivo pensar e executar estratégias para reduzir a dependência brasileira de fertilizantes importados.
O Amazonas deve ter um papel central no plano, já que possui jazidas ainda não exploradas de potássio, com destaque para o município de Autazes (AM). A potencialidade foi citada, inclusive, pelo ministro do Desenvolvimento Econômico, Industria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, durante visita a Manaus, em março.
Sob a presidência do ministro, o Confert irá revisar, debater e implementar o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), criado na gestão Bolsonaro. A meta é, ao final, reduzir a dependência externa de fertilizantes em até 55% até 2050.
Segundo o governo federal, a criação de documentos ligados ao PNF, como um benchmarking internacional [estudo de concorrência], um diagnóstico nacional e uma visão de futuro para o setor movimentaram cerca de 290 pessoas, de 91 órgãos/entidades/empresas, em 68 reuniões.
Atualmente, o Brasil possui uma dependência considerada alta na importação de fertilizantes. Em 2022, foram 85% de importados para atender o consumo nacional, um custo de US$ 25 bilhões. Dentre os principais exportadores estão a Rússia e a Bielorrússia, ambas com sanções mundiais em razão da guerra na Ucrânia.