O fim da política de paridade internacional dos preços da gasolina e do diesel pela Petrobras não causou a perda de valor esperada por muitos investidores. No fechamento, as ações subiram 2,24% (ON) e 2,49% (PN), respectivamente. Mas há explicações.
Segundo o consenso de analistas, a reação inicial positiva deve-se ao fato de que o anúncio veio mais brando do que o esperado e eliminou parte das incertezas que pairavam sobre a nova política de preços.
Apesar do anúncio menos intervencionista do que o esperado, aliviando as preocupações dos investidores, alguns analistas seguem cautelosos com as ações da companhia.
Desafios do novo CEO
Com a nova política, o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, que assumiu no começo do ano, navega entre as ambições do Brasil para o desenvolvimento industrial e investidores que esperam ser compensados com lucros e dividendos.
Reduzir o vínculo com os preços internacionais expõe a Petrobras a ações coletivas de acionistas, bem como uma possível intervenção do tribunal de contas do Brasil e do regulador antitruste.
A legislação societária brasileira pune executivos, diretores e acionistas controladores caso tomem medidas contrárias aos interesses da empresa.
A Petrobras disse que segue comprometida com a sustentabilidade financeira e que a nova política permitirá realizar os investimentos previstos em seu plano estratégico.
Fonte: Bloomberg Línea