Após tornar líder da oposição inelegível, Venezuela vê “interferência” dos EUA

Departamento de Estado dos EUA disse que cassação de Machado "priva" venezuelanos de direitos políticos

O governo da Venezuela disse neste sábado (1º) que refutava a posição dos Estados Unidos sobre as próximas eleições no país sul-americano, chamando-a de “interferência”, um dia depois de o país criticar a decisão da Venezuela de tornar inelegível uma candidata da oposição.

Maria Corina Machado, uma das favoritas à indicação da oposição venezuelana para presidente nas primárias de outubro, foi impedida de ocupar cargos públicos por 15 anos.

Em resposta, o Departamento de Estado dos EUA disse que os venezuelanos devem poder agir livremente nas eleições presidenciais de 2024, e a cassação de Machado os “priva” de direitos políticos.

O governo da Venezuela disse em comunicado que “rejeita firmemente a nova tentativa do governo dos Estados Unidos de interferir em seus assuntos internos” e defendeu sua atuação como soberana e independente.

A Organização dos Estados Americanos, com sede em Washington, também rejeitou a decisão de barrar Machado e pediu eleições livres e transparentes.

Fonte: Reuters

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