Nesta quarta-feira (5), aconteceu no Museu da Amazônia a apresentação e lançamento do Edital ‘Floresta Viva’, uma parceria entre o BNDES, a Eneva, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FunBio) e a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (SEMA). A iniciativa vai destinar R$8,8 milhões para a implementação de projetos de restauração ecológica e fortalecimento da cadeia produtiva da restauração no interior e no entorno de unidades de conservação no estado do Amazonas.
A cerimônia contou com a presença do vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, com a secretária de Biodiversidade, Florestas e Direitos dos Animais do Ministério do Meio Ambiente, Rita Mesquita, com a diretora de ESG da Eneva, Anita Baggio, com o secretário de Estado do Meio Ambiente do Amazonas, Eduardo Taveira, com a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, com o superintendente de Programas do FunBio, Manoel Serrão, com o deputado Sinésio Campos e com o presidente do Ipaam, Juliano Valente.
As inscrições vão até 04 de setembro. Para se inscrever basta acessar o edital pelo site do FunBio, parceiro gestor do Floresta Viva e responsável por realizar a seleção: https://chamadas.funbio.org.br/floresta-viva-restauracao-ecologica-no-amazonas
De acordo com o superintendente do FunBio, Manoel Serrão, não haveria lugar mais adequado que a Amazônia e o Estado do Amazonas para direcionar investimentos deste teor.
“Esse evento sela um arranjo que há anos o Brasil persegue: o alinhamento entre o terceiro setor, o poder público, o setor privado e os agentes financeiros. O projeto ‘Floresta Viva’ conseguiu promover essa concertação. A Amazônia tem os olhares do mundo e os desafios da solução em um ambiente de mudanças climáticas, com repercussões internacionais”, apontou o superintendente.
A Amazônia Legal ocupa quase 60% do território nacional. Atualmente, 82,1% deste território é composto de vegetação nativa, sendo 78,4% de cobertura florestal. Apesar desta porcentagem, estimativas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam que cerca de 9 milhões de hectares de florestas primárias foram perdidas devido ao desmatamento na última década.
Desta maneira, o edital visa potencializar a veia sustentável da região, dando o suporte necessário para o fortalecimento da floresta e bens naturais. A expectativa do Floresta Viva é apoiar até 2 projetos.
Cada proposta deve prever uma área mínima de 200 hectares para restauração e a duração dos projetos é de até 48 meses. As áreas de aplicação tem foco na região metropolitana de Manaus como Presidente Figueiredo, Sebastião do Uatumã e Itapiranga.
Anita Baggio, diretora de ESG da Eneva, ressaltou a importância de trabalhar com projetos que trabalham com o processo de conservação.
“A Amazônia representa um terço das florestas tropicais do mundo e quase metade da biodiversidade do planeta é albergada aqui. A Eneva tem dentro do seu compromisso ESG, até 2030, conservar 500 mil hectares dessa floresta, então hoje a gente tá dando um passo muito importante”, explicou Baggio.
A metodologia aplicada na iniciativa se baseia na restauração com espécies nativas ou exóticas agrícolas não invasoras, dentro de normas ambientais aplicáveis, levando em consideração o contexto local e melhores técnicas para cada área.