Por Sharon Braithwaite, Al Goodman e Barbie Latza Nadeau / CNN
Autoridades italianas emitiram um risco de saúde “extremo” para 16 cidades, incluindo Roma e Florença, neste fim de semana, por conta de uma onda de calor que assola a Europa ameaça trazer temperaturas recordes.
Cientistas climáticos da Agência Espacial Europeia (ESA) dizem que as temperaturas podem chegar a 48 °C nas ilhas da Sicília e da Sardenha, “potencialmente as temperaturas mais altas já registradas na Europa”.
Em Roma, os termômetros podem chegar a 44 °C.
As autoridades italianas emitiram o segundo maior alerta de calor para outras nove cidades. O Ministério da Saúde do país está aconselhando o público a se manter hidratado, comer refeições mais leves e evitar a luz solar direta entre 11h e 18h.
A ESA alertou que a onda de calor da Europa está apenas começando, com Espanha, França, Alemanha e Polônia também esperando ver clima extremo. Ao mesmo tempo, o continente dá as boas-vindas ao que se espera ser um número recorde de turistas vindo pela primeira vez desde a pandemia de covid-19.
Há uma preocupação particular com aqueles que trabalham ao ar livre depois que um trabalhador da construção civil de 44 anos na Itália morreu após desmaiar em uma estrada no início da semana.
Autoridades na Espanha alertaram que a onda de calor não está atingindo apenas as áreas do sul do país conhecidas como “frigideiras”, mas também afetando o norte tipicamente mais frio do país.
No sul, as temperaturas nas cidades de Sevilha, Córdoba e Granada chegaram a 40 °C.
O serviço meteorológico nacional da Espanha diz que também está escaldante na ilha de Mallorca, no Mar Mediterrâneo, com máximas de 36 °C.
Enquanto isso, mesmo a região normalmente amena de Navarra, no norte, registra até 40 °C.
Um incêndio florestal que eclodiu na ilha de La Palma, nas Ilhas Canárias, na Espanha, queimou várias casas e forçou a evacuação de 500 pessoas, tuitou o governo regional das Ilhas Canárias na manhã de sábado (14).
O calor é um dos perigos naturais mais mortais — mais de 61 mil pessoas morreram na onda de calor do verão europeu no ano passado.
A atual onda de calor — batizada de “Cerberus” pela Sociedade Meteorológica Italiana em homenagem ao monstro de três cabeças que aparece no “Inferno” de Dante — gerou mais temores pela saúde das pessoas, especialmente porque coincide com um dos períodos mais movimentados da temporada do verão europeu.
A Europa não é o único lugar que enfrenta temperaturas extremas. Uma perigosa onda de calor de semanas em partes do oeste dos Estados Unidos deve piorar neste fim de semana, com mais de 90 milhões de pessoas sob alerta de calor.
O clima extremo está afetando até a Austrália, com Sydney experimentando um clima excepcionalmente quente nos meses de inverno, segundo o Bureau of Meteorology — a agência de meteorologia governo australiano.