O dólar, a indústria e a velha desinformação

No cenário da pós verdade e da notícia Fanta, a matéria publicada numa das mais antigas colunas da velha imprensa paulista – O dólar e a indústria – se mostra fora de todos os contextos, prevarica em todas as direções e se manifesta pela ausência de significados de suas ponderações.  Sequer sabe que a ZFM não se instalou em 1957, se recusa a conhecer nossa realidade e se nutre do ouviu dizer e a escrever o que lhe dizem convém ao status quo da Indústria bandeirante. Lastimável e infame. Há uma desinformação perversa e mal intencionada no vetusto redator e em seu arcaísmo semiológico. Já não dá para levar a sério tanta leviandade e superficialismo. A pessoa em questão se recusou sistematicamente a debater a economia do Amazonas por isso não lhe devotamos mais uma linha.

 

Narcisismo miserável

 

Há um conluio deletério em alguns setores de determinados conglomerados econômicos e acadêmicos do Brasil. Trata-se de um narcisismo imperial, não apenas na relação com Norte e Nordeste, tratados como brasileiros de segunda linha, mas contra tudo que não é espelho dessa vaidade sem propósito. Uma visão tosca que impede que se discuta o sentido da brasilidade em todas as suas configurações e ganhos para o país. Este CIEAM, desde 2013, tem buscado compreender o significado desta atitude preconceituosa em relação ao Amazonas, por exemplo, um Estado que migrou suas receitas para os negócios do café quando a inépcia federal jogou na mão dos ingleses os negócios promissores da seringueira. Quem perde com essa bandalha são seus promotores, cada vez mais pilhados no esplendor de sua estupidez num Brasil que lhes mostra seu fracasso todos os dias.

 

Manejo da arrogância de espécie única

 

Em fóruns recentes, em que se buscou olhar para a Amazônia como estão fazendo alguns conterrâneos como a USP, a FGV, o INSPER, inserindo nossa economia nos acertos da equação sustentável de meio ambiente e desenvolvimento, alguns arautos dessa velha canalhice  se levantam contra a questão humana e social aqui presente. “Tem que deixar a floresta intacta” e fim de papo. Desconhecem que a própria ONU já recomenda pagamento aos países que protegem suas florestas. Na ótica desses arautos da arrogância da floresta quem tem preço é a floresta plantada dos eucaliptos, na política florestal da monocultura deletéria. Desconhecem o papel do manejo florestal, essa tecnologia amazônica que o governo japonês financiou no projeto CADAF. Sob a coordenação do INPA e da Universidade de Tóquio, sabemos mais da dinâmica do carbono e das vantagens socioeconômicas e ambientais do bom manejo. Eles, os bacanas exclusivos, abominam o que não é espelho…deles.

 

Gestão da Amazônia

 

A ZFM se instalou em 28 de fevereiro de 1967, no Governo Castelo Branco. Longe de ser  bengala de quem se recusa a caminhar com inovação de ideias, este é o melhor acerto fiscal da história da República. Somos o Estado mais estudado na Universidade de São Paulo, e hoje 11 doutorandos do Amazonas fazem o caminho contrário, e vão mergulhar na USP em seus acertos e avanços acadêmicos para formular – em parceria inteligente e promissora – a nova conjugação do verbo construir com pronome na primeira do plural. O desafio é a Gestão da Amazônia, um patrimônio da biodiversidade, a maior do mundo, que a indústria de Manaus ajuda a conservar, dando emprego e oportunidades para quem  se deixa atrair pela depredação e difamação. Vamos todos passear na floresta, é bom à beça. Gestão da Amazônia é também uma Conferência Internacional, promovida pela dupla UEA USP – que vai reunir em Manaus, de 29 a 31 de Agosto os maiores especialistas da paróquia global em gestão e sustentabilidade, de verdade.

Esta Coluna é publicada às quartas, quintas e sextas-feiras, de responsabilidade do CIEAM. Editor responsável: Alfredo MR Lopes. [email protected]

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