O evento fez parte do Circuito PIM Amazônia do mês de maio e apresentou os principais conceitos e aplicações da energia solar e da cogeração de energia como matrizes energéticas alternativas.
Segundo o engenheiro Sérvio Salazar, da Noroeste, ambas as energias geram eletricidade, mas de fontes diferentes. “A energia elétrica solar é unicamente proveniente do sol, enquanto a co-geração parte de processos químicos simultâneos que geram outros tipos de energia, como a térmica, por exemplo”, explica. De acordo com Salazar, o potencial da Região Norte é o terceiro maior do Brasil, favorecendo uma exploração maior deste recurso. “Somos a terceira região com mais radiação solar, ficando atrás somente do Centro Oeste e Nordeste, porém, muito melhor que países como Alemanha,de radiação 40% menor que a nossa”, informa o engenheiro, acrescentando que a utilização deste tipo de energia ainda é inexpressiva no país se comparada a outros países da Europa, pioneiros nesta atividade.
Já a cogeração de energia é outra modalidade onde o processo de produção consiste no aproveitamento de rejeitos térmicos empresariais para gerar energia térmica. “Menor impacto ambiental, baixo índice de enxofre lançado sem necessidade de manter combustível armazenado são algumas das vantagens desta alternativa energética”, diz Carlos Alberto Silami, engenheiro supervisor de PD&I da Cummins.O engenheiro complementa que as duas formas de energia visam o bem comum de reduzir o custo financeiro para seus consumidores, aliado à mínima agressão possível ao meio ambiente. “A cogeração de energia já é amplamente usada ao redor do mundo, e dentro do Brasil, a região Sudeste também já abraçou a causa. Contudo, a região Norte começa a descobrir recentemente esta alternativa energética e estamos aqui para dar todo este suporte avaliativo e financeiro aos interessados”.
Uma das participantes do evento, a doutoranda em Ciências Ambientais e Sustentabilidade na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Vanessa Reis, parabenizou a iniciativa do evento em difundir alternativas energéticas mais limpas ao ramo empresarial. “É muito importante que as indústrias conheçam e façam adesão a meios que diminuam os impactos ambientais resultantes de suas atividades, uma vez que elas são as maiores consumidoras de energia elétrica e geradoras de resíduos sólidos”, conclui, destacando a responsabilidade ambiental que as empresas precisam colocar mais em prática.
O evento também contou com representação da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam). O órgão menciona que já possui alguns projetos em desenvolvimento de energia sustentável e que está trabalhando para explorar mais alternativas como as mencionadas na palestra.
O encontro foi realizado pela Editora Balponte com o patrocínio da Noroeste e aconteceu no dia 10 deste mês no Distrito Industrial. Reuniu aproximadamente 60 pessoas, em sua maioria gestores de empresas industriais,entre elas Whirlpool, Panasonic, Sony, Bic, Caloi, Yamaha, Honda Lock, Foxconn, Philco, Moto Honda, Electrolux, TPV, Intelbras, dentre outras.
Por Laura Freitas
