Por Ana Danin
“Durante muito tempo o mundo falou sobre a Amazônia. Hoje é o dia que a Amazônia fala para o mundo”, destacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao dar boas-vindas aos participantes da Cúpula da Amazônia
Lula ressaltou que a região não é e não pode ser tratada como um depósito de riquezas. “[A Amazônia] é uma incubadora de conhecimentos e tecnologias que mal conhecemos e começamos a dimensionar. Aqui podem estar soluções para inúmeros problemas da humanidade – da cura de doenças ao comércio mais sustentável”, afirmou, ressaltando em seguida que “a floresta não é um vazio a ser ocupado, nem um tesouro a ser saqueado. É um canteiro de possibilidades que precisa ser cultivado”.
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A Cúpula da Amazônia ocorre até esta quarta-feira, 9, em Belém (PA). Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participam os presidentes da Bolívia, Colômbia, Guiana e Peru. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, havia confirmado presença, mas alegou motivos de saúde e enviou representante. Também enviaram representantes Equador e Suriname.
Ao longo do evento são esperadas ainda autoridades da República do Congo, da República Democrática do Congo e da Indonésia, detentores de grandes florestas tropicais.
A Cúpula ocorre logo após a realização dos Diálogos Amazônicos, evento que reuniu 24 mil pessoas, entre os dias 4 e 6 de agosto, em Belém, incluindo representantes de organizações não-governamentais, movimentos sociais, centros de pesquisa e agências governamentais do Brasil e demais países amazônicos, com o objetivo de formular sugestões para a reconstrução de políticas públicas sustentáveis para a região.
O resultado desses debates foi apresentado aos chefes de Estado na forma de relatórios, logo na abertura da Cúpula da Amazônia.