Confiança do consumidor melhora, mas é insuficiente para aumentar o ritmo de expansão da economia

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) aumentou 3,5% em relação a junho e alcançou 101,6 pontos em julho. Com isso, o índice recupera  parte da queda de 3,8% registrada no mês anterior. Mas continua 5,7% abaixo da média histórica, que é de 107,8 pontos. As informações são da pesquisa que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta segunda-feira (30).

 

De acordo com o economista da CNI Marcelo Azevedo, a recuperação da confiança em julho foi importante. “Mas ainda é insuficiente para estimular o consumo e contribuir para uma retomada mais forte da economia”, afirma Azevedo.

 

A maioria dos indicadores que compõem o INEC melhorou. O indicador de expectativa sobre a inflação aumentou 7%, o de desemprego subiu 9,5% e o de renda pessoal cresceu 2,8% em julho na comparação com junho. O aumento dos indicadores de expectativa mostra que há um número maior de pessoas esperando a queda da inflação e do desemprego e o aumento da renda pessoal.

 

A avaliação sobre a situação financeira e as dívidas também melhorou. O indicador de endividamento subiu 3,6% e o de situação financeira aumentou 2,6% em julho frente a junho. Quanto maior o indicador, maior é o número de pessoas que espera a redução do endividamento e a melhora da situação financeira.

 

CAUTELA COM AS COMPRAS – Mesmo assim, os consumidores estão cautelosos. O indicador de compras de maior valor caiu 0,8% em relação a junho, mostrando que diminuiu a intenção dos brasileiros de comprar bens como móveis, eletrodomésticos e outros itens de maior valor.

 

O INEC é um indicador que ajuda a antecipar variações na atividade econômica. Consumidores pouco confiantes tendem a diminuir as compras. Com a redução do consumo, aumentam as dificuldades de recuperação da economia.

 

Esta edição do INEC, feita em parceria com o IBOPE, ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre 19 e 23 de julho.

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