Pará perde um dos grandes nomes de sua música

Poeta e compositor Paulo André Barata morreu em 25 de setembro, dia do seu aniversário de 77 anos
Paulo André Barata. Foto: Walda Marques

Da Redação, com informações do G1 Pará

Foi sepultado na manhã de terça-feira, 26, o corpo do poeta e compositor paraense Paulo André Barata. O artista, um dos maiores nomes da música no estado e na região, morreu em 25 de setembro, dia do seu aniversário de 77 anos.

Paulo André havia sido diagnosticado com câncer nas cordas vocais este ano e estava internado havia dez dias, em um Hospital particular de Belém, onde morreu após uma parada cardiorrespiratória.

O governo do Pará publicou nota na noite de segunda-feira,25, decretando luto oficial de três dias. O governador Helder Barbalho (MDB) esteve no velório, realizado no tradicional Theatro da Paz, na capital paraense, e falou sobre a partida do compositor. “Lamento profundamente a partida do cantor, compositor e instrumentista paraense Paulo André Barata, que dedicou seu talento para cantar a Amazônia em verso e prosa, juntamente com seu saudoso pai, o poeta Ruy Barata. Paulo deixa um extraordinário legado para a cultura do nosso estado e para a música brasileira”, afirmou.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, também esteve no velório do músico. “Um grande artista, um enorme intérprete dos nossos sentimentos, da nossa alma”, ressaltou. “Em nome da Prefeitura e de toda a cidade de Belém, lamento profundamente essa perda. Muito conforto aos familiares, fãs e amigos”.

Parceria entre pai e filho rendeu sucessos que marcaram gerações

Paulo André Barata foi o maior parceiro musical do pai, Ruy Guilherme Paranatinga Barata. Juntos, pai e filho produziram músicas fundamentais para a cultura nortista e que ultrapassaram os limites do Pará, principalmente na voz de Fafá de Belém, que levou para o Brasil canções como “Este rio é minha rua” (1976), “Indauê – Tupã” (1976), “Baiuca’s bar” (1978), além das dos maiores sucessos do artista, as canções “Foi assim” (1977) e “Pauapixuna” (1977).

“Meu irmão, meu parceiro, maior artista dessa terra chamada Belém do Pará. Fomos parceiros por 50 anos, e continuaremos sendo”, afirmou a cantora.

Além de Fafá, outros artistas gravaram música de Barata. O songbook “A Música De Paulo André e Ruy Barata” foi lançado recentemente, com 22 faixas, que são interpretadas por nomes como Maria Rita, Zeca Pagodinho, Dona Onete, Pinduca, Zé Renato e, claro, Fafá de Belém, o álbum reúne canções como “Foi Assim, “Porto Caribe”, “Cantiga da Correnteza” e “Pacará”, entre outras.

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