O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou taxa de inflação de 0,33% em julho, taxa inferior ao 1,26% de junho. Com o resultado, o IPCA acumula taxas de 2,94% no ano e de 4,48% em 12 meses. Os dados foram divulgados hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os grupos Habitação (1,54%) e Transportes (0,49%) desaceleraram de junho para julho, mas foram os que mais contribuíram na composição do índice e tiveram as maiores variações entre os grupos de produtos e serviços pesquisados. Já Vestuário (-0,60%), Alimentação e bebidas (-0,12%) e Educação (-0,08%) tiveram deflação.
No grupo Habitação (1,54%), o item energia elétrica (5,33%) desacelerou em relação a junho (7,93%), mas foi o item que exerceu o principal impacto no índice de julho (0,20 p.p.). Além da continuidade da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, com a cobrança adicional de R$0,05 por kwh consumido, algumas das áreas como Porto Alegre (1,72%), Brasília (7,92%), Curitiba (10,29%) e São Paulo (10,08) tiveram reajustes.
As variações negativas em Belém (-0,01%), Goiânia (-1,83%) e Vitória (-0,30%) foram por conta da redução na alíquota de PIS/COFINS. Nas demais áreas, as alíquotas desses tributos aumentaram.
O grupo Alimentação e bebidas teve deflação (-0,12%) em julho, após apresentar, em junho, a maior alta dos últimos 29 meses (2,03%). As variações nas áreas ficaram entre -1,72% em São Luís e 1,07% em São Paulo. A deflação desse grupo em julho refletiu, além do aumento da oferta de itens alimentícios, o realinhamento de preços após as altas decorrentes da paralisação dos caminhoneiros, no final de maio.