Vendas para o Dia dos Pais deverão ter aumento de 2,5% em 2018

O movimento do varejo, previsto para o próximo Dia dos Pais, deverá registrar aumento real de 2,5% em relação à data de 2017, aponta levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Mesmo diante da alta, pelo segundo ano consecutivo, as vendas estariam longe de compensar as perdas de 2015 (-2,1%) e 2016 (-9,4%). “Nem mesmo a inflação mais baixa em 18 anos deverá acelerar as vendas, pois há perda de fôlego na economia, e o mercado de trabalho ainda está enfraquecido”, prevê Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC.

Segundo a Confederação, a data, que é considerada uma das seis mais importantes do calendário varejista brasileiro, deverá movimentar, em 2018, R$ 5,4 bilhões, o correspondente a 8,3% de todo o faturamento esperado para o mês de agosto.

 

Deverão se destacar em 2018 os volumes de venda nos hiper e supermercados (R$ 2,0 bilhões), nas lojas de eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 781,1 milhões), além de itens de vestuário e calçados (R$ 622,9 milhões).

 

Contratação de temporários

 

Apesar do fraco avanço do volume de vendas, o aumento sazonal do consumo em relação ao mês anterior deverá demandar a criação de 10,2 mil postos de trabalho temporário. Confirmada essa previsão, a oferta de vagas temporárias seria 2,4% inferior à de 2017 (10,4 mil postos) e representaria apenas metade das vagas criadas para a data em 2014 (20,6 mil).

 

De cada dez vagas criadas, quatro deverão ocorrer nos segmentos de hiper e supermercados (4,1 mil postos) e de artigos de uso pessoal e doméstico (1,6 mil). No varejo, o salário médio de admissão desses trabalhadores deverá ser de aproximadamente R$ 1.221, que representa 1,3% a menos, em termos reais, do que o de R$ 1.180 pago no mesmo período do ano passado.

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