Da Redação, com informações da CNN e Agência Brasil
Policiais federais iniciaram nesta segunda-feira, 8, uma nova fase da Operação Lesa Pátria, que mira em pessoas suspeitas de financiar e incentivar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro do ano passado, com ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Essa 23ª fase da operação cumpre 47 mandados de busca e apreensão e um de prisão. As buscas são nos estados do Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Paraná, Rondônia, São Paulo, Tocantins, Santa Catarina e no Distrito Federal.
O mandado de prisão preventiva foi cumprido na Bahia. O alvo é investigado como depredador e financiador, pois, segundo as investigações, pagou um ônibus que saiu da Bahia para Brasília um dia antes dos atos de vandalismo. Além do mandado de prisão, a reportagem da CNN apurou que houve uma prisão em flagrante no Rio Grande do Sul de um homem por posse irregular de arma de fogo.
O Supremo Tribunal Federal (STF), que tem o ministro Alexandre de Moraes como relator do inquérito, determinou também a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. A PF apura que os valores dos danos causados ao patrimônio público podem chegar ao valor de R$ 40 milhões.
As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se tornou permanente.
De acordo com a PF, os atos golpistas constituem, em tese, “crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”.
Abaixo, veja onde são cumpridos os mandados de busca e apreensão
- Bahia: 2
- Distrito Federal: 5
- Goiás: 2
- Maranhão: 4
- Minas Gerais: 2
- Mato Grosso: 10
- Paraná: 1
- Rondônia: 1
- Rio Grande do Sul: 13
- Santa Catarina: 2
- São Paulo: 1
- Tocantins: 3
Atos pró-democracia – Uma série de atos marcará, nesta segunda-feira, 8, um ano da invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).
O evento mais significativo ocorrerá no Congresso Nacional, em Brasília, às 15h, e reunirá representantes dos Três poderes, ministros, governadores e outras autoridades. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), cancelou a participação nesse evento. De acordo com a assessoria da Casa, Lira alegou um problema de saúde na família.
A Câmara dos Deputados inaugurou nesta segunda-feira uma exposição para marcar a data do 8 de janeiro. A mostra é composta por fotos do dia da invasão e exposição de objetos danificados pelos participantes da invasão, que pediam a anulação da eleição presidencial de 2022 por meio de um golpe militar.