Confiança do consumidor aumenta e é a melhor desde maio de 2016, informa pesquisa da CNI

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) subiu 3,1% em relação a julho e alcançou 104,7 pontos em agosto, o maior nível desde maio de 2016, quando o Brasil ainda enfrentava a recessão.  Com o aumento registrado neste mês, o INEC reverte a queda de 3,9 pontos verificada em junho frente a maio, logo depois da paralisação do transporte rodoviário de cargas. Mesmo assim, continua 2,8% abaixo da média histórica dos 107,7 pontos, informa a pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 29, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

 

“A melhora da confiança é expressiva”, avalia o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Segundo ele, isso é resultado da proximidade das eleições. “Os consumidores, que são os eleitores, esperam que o governo eleito melhore a situação da economia, o que terá um impacto positivo na vida das pessoas. Por isso, os brasileiros estão mais otimistas”, afirma Castelo Branco.

 

De acordo com a pesquisa, o aumento do otimismo dos brasileiros é resultado da melhora das perspectivas sobre a inflação, o emprego e a renda pessoal nos próximos seis meses. O indicador de expectativas sobre a inflação aumentou 3,2%, o de desemprego subiu 3,1% e o de renda pessoal cresceu 5,6% em relação a julho. O índice de expectativa em relação a situação financeira aumentou 6,4% e o de endividamento cresceu 2,8% frente ao mês passado. Quanto maiores os indicadores, maior é o número de pessoas que espera a queda da inflação e o desemprego, o aumento da renda pessoal, a melhora da situação financeira e a queda do endividamento nos próximos seis meses.

 

Só o indicador de compras de maior valor caiu 0,2% na comparação com julho, mostrando que, mesmo mais otimistas, os brasileiros estão cautelosos e preferem adiar as compras de móveis, eletrodomésticos e outros bens de maior valor.

 

O INEC é um indicador que ajuda a antecipar variações na atividade econômica. Consumidores confiantes tendem a comprar mais. Com a reação do consumo, as empresas aumentam a produção e tendem a fazer investimentos e a contratar trabalhadores, o que alimenta o círculo virtuoso de crescimento da economia.

 

*Informações da Agência CNI de Notícias

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