Da Redação, com informações do g1 e CNN
As regiões de Viña del Mar e Valparaíso, famosos destinos turísticos do Chile, estão entre as áreas atingidas pelas chamas, que desde a sexta-feira, 2, vêm se alastrando rapidamente. Até esta segunda-feira, 5, o número de mortos era 122. Desses, somente 32 corpos haviam sido identificados pelo Serviço Médico Legal do país.
O governo do Chile declarou estado de emergência enquanto bombeiros e militares atuam para tentar debelar a propagação de incêndios florestais. Os ventos fortes dificultaram o combate às chamas e pioraram a situação, fazendo com que o fogo se alastrasse e destruísse bairros inteiros.
“O vento estava terrível, o calor escaldante. Não houve trégua. As pessoas se dispersaram por toda parte”, disse Pedro Quezada, que teve a casa destruída na região de Valparaíso.
De acordo com o Ministério do Interior, cerca de 14 mil casas foram danificadas pelos incêndios somente nas áreas de Viña del Mar e Quilpué.
Diante da situação de emergência, o governo resolveu implementar um toque de recolher a partir das 21h nas regiões mais atingidas (Viña del Mar, Quilpué, Limache e Villa Alemana). Além disso, militares foram convocados para ajudar os bombeiros no combate às chamas.
“Estamos juntos, todos nós, lutando contra a emergência. A prioridade é salvar vidas”, disse o presidente Boric.
O presidente Gabriel Boric afirmou que o país enfrenta uma “tragédia de grande magnitude”. Este é o pior desastre natural do Chile desde 2010, quando um terremoto deixou cerca de 500 mortos.
Origem – Ainda não há certezas sobre a origem dos incêndios. Uma pessoa foi presa em Maule, por ter acendido fogo acidentalmente enquanto fazia uma sondagem. As chamas teriam se espalhado por pastos próximos ao local e afetando mais de 220 hectares.
A procuradoria do país investiga a origem do fogo em outros focos de queimada e a possível participação humana para iniciar as chamas. Já a Procuradoria de Valparaíso informou que não há presos até o momento.