Primeiro terminal de gás natural da Amazônia é inaugurado no PA

Implantado no porto de Vila do Conde, em Barcarena, a expectativa é que o terminal possa atrair novas indústrias e gerar mais empregos para a região
Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação de Gás Natural (FRSU). Foto: Roni Moreira/ Agência Pará

Da Redação, com informações da Ag. Pará/ Gás Pará

O primeiro Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Amazônia foi entregue na quarta-feira, 29, em cerimônia realizada a bordo de uma balsa com vista para a Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação de Gás Natural (FRSU), no porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA). O navio (FRSU), que mede aproximadamente 300 metros de comprimento (o equivalente a quase seis piscinas olímpicas), é uma unidade de processamento que vai armazenar gás natural em sua forma líquida e o converter em gás natural em estado gasoso, para que seja entregue para a distribuição.

O terminal, uma estrutura de cerca de R$ 300 milhões de investimento, construída com 70% de mão de obra paraense, tem capacidade de regaseificação de até 15 milhões de metros cúbicos por dia. O que equivale a 22% de toda a demanda de gás natural do Brasil em 2022.

A cerimônia de inauguração contou com a presença de empresários, políticos e autoridades locais, estaduais e federais. O governador do Pará, Helder Barbalho, ressaltou a importância de mudanças socioambientais necessárias para fortalecer o Pará como referência em preservação ambiental.

“A escolha do Pará para a conciliação de suas vocações se dá, acima de tudo, pela implementação de iniciativas que permitam com que novas economias, como o mercado de carbono, possam ser estratégias incrementadoras de geração de emprego e de valorização do nosso ativo florestal. Nós valorizamos quem aqui investe, e, particularmente, investimentos que estejam adequados à agenda deste Estado, que quer se desenvolver, que quer crescer e, acima de tudo, liderar a Amazônia. E, a partir da Amazônia, construir um futuro melhor ao Brasil”, disse o governador.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira,também participou da inauguração. Ele também ressaltou a importância da busca por políticas públicas ambientais dentro da Amazônia como exemplo para o Brasil. “Esta iniciativa que inauguramos aqui em Barcarena torna o estado do Pará um dos líderes da descarbonização do país, além de tornar a nossa matriz mais limpa e renovável”, afirmou o ministro.

Com a introdução do Gás Natural como nova fonte de energia, de menor custo, maior rendimento e menos poluente em comparação aos demais combustíveis, o Pará deve atrair novas indústrias para a região, bem como novas oportunidades de emprego, renda e desenvolvimento econômico.

“Essa nova matriz energética nos permite sonhar que com isso chegará mais oportunidades para o povo do Pará e principalmente aquilo que é um clamor mundial e não seria diferente no Brasil: a geração de novos empregos, geração de oportunidade para aqueles que mais precisam aqui dentro do nosso estado, dentro do nosso município, dentro do nosso Brasil”, ressaltou o prefeito de Barcarena, Renato Ogawa.

Distribuição – A Companhia de Gás do Pará é responsável pelo serviço de distribuição e movimentação de gás natural no Estado. Será a partir das estações da Companhia, localizadas também em Barcarena, no nordeste do Estado, que o Gás Natural será distribuído e movimentado inicialmente para clientes do segmento industrial e termoelétrico. A distribuição iniciará ainda no primeiro trimestre de 2024 para a indústria Hydro Alunorte.

“No Brasil, além do gás natural já ser utilizado nos segmentos industrial e termoelétrico, existe um grande potencial de elevação do uso do GN nos demais setores da siderurgia, mineração e etc. A Companhia de Gás do Pará não mediu esforços para atrair o Terminal de GNL para a região, em consonância com o Governo do Estado. Para além da utilização de uma nova matriz energética, nossa missão é conquistarmos mais oportunidades de negócios, emprego e renda para a Amazônia”, comentou o presidente da distribuidora, Fernando Flexa Ribeiro.

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