A mineradora norueguesa Hydro Alunorte anunciou ontem (4) a suspensão das operações da refinaria de alumina que mantém em Barcarena (PA) e de sua mina de bauxita, em Paragominas (PA). A multinacional informa que a decisão foi tomada após a constatação de que um dos dois depósitos de dejetos de bauxita está perto de atingir sua capacidade de uso.
O anúncio foi feito às vésperas da data limite para a empresa apresentar ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério Público do Estado do Pará (MP-PA) o planejamento das medidas que se comprometeu a adotar para avaliar e reduzir os possíveis impactos que suas operações podem causar ao meio ambiente e às comunidades que vivem próximas à refinaria.
O compromisso, assumido mês passado, por meio da assinatura de um termo de ajustamento de conduta (TAC), quase sete meses após a multinacional ter sido apontada como responsável por um vazamento de resíduos tóxicos que atingiram rios, igarapés e ao menos três comunidades de Barcarena, região metropolitana de Belém (PA).
Embargo
Em nota, a empresa informa que as atividades serão suspensas integralmente. Mas, a princípio,a parada será temporária. Ao se referir à alegação de que um dos dois depósitos de dejetos de bauxita está perto de atingir seu limite de capacidade, a multinacional atribui a situação às proibições de utilizar um filtro capaz de reduzir os resíduos e de colocar em uso um segundo depósito planejado para receber parte das sobras da produção.
Desde o início de março, a mineradora está operando com apenas 50% de sua capacidade total, por força do embargo imposto pela Justiça Estadual (TJ-PA), atendendo a pedido do Ministério Público Federal, o que inclui a proibição de usar um dos depósitos de resíduo.
Para especialistas que acompanham o assunto, o anúncio da mineradora pode ser uma tentativa de criar um fato político para atrair a atenção da opinião pública e de políticos dispostos a impedir o fechamento de postos de trabalho.
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*Informações Agência CNI de Notícias