Em sua 285ª Reunião Ordinária, realizada na última quinta-feira (11), em Porto Velho (RO), o Conselho de Administração da SUFRAMA (CAS) aprovou 12 projetos industriais e de serviços, com investimentos totais de US$ 118.3 milhões e a previsão de geração de 298 postos de trabalho até o terceiro ano de funcionamento das linhas de produção.
Presidida pelo secretário-executivo do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), substituto, Fernando Lourenço, a quarta reunião do CAS em 2018 – segunda realizada fora de Manaus – ocorreu no Centro Administrativo do Governo de Rondônia, Palácio Rio Madeira, e contou com a presença do superintendente da SUFRAMA, Appio Tolentino, do governador de Rondônia, Daniel Pereira, da vice governadora do Acre, Nazareth Araújo, da prefeita de Rio Branco (AC), Socorro Neri, do secretário de Fazenda do Amazonas, Alfredo Paes, e do presidente da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho, Marcelo Thomé, além dos conselheiros representantes dos diversos ministérios integrantes do CAS e dos demais representantes de entidades de classe e órgãos governamentais da região.
O encontro foi marcado, sobretudo, por discussões pautadas na necessidade de fortalecimento da região amazônica, com ampliação de projetos direcionados ao desenvolvimento socioeconômico e ambiental na área de atuação da SUFRAMA (Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima e municípios de Macapá e Santana, no Amapá).
O governador de Rondônia, Daniel Pereira, destacou que atualmente o Estado é o maior produtor de peixe nativo do Brasil e um grande produtor de café, inclusive, a partir de comunidades indígenas. “Quem sabe num futuro a gente possa estar discutindo dentro da SUFRAMA projetos para industrializar esse café e esse peixe aqui, porque produzir nós sabemos, agora precisamos processar e industrializar”, afirmou. Ele também informou que no ano passado foi à Alemanha, juntamente com os governadores do Acre e Pará, para tratar sobre políticas de investimento na Amazônia e que, em breve, deverá fazer uma visita às Embaixadas da Alemanha, Inglaterra e Noruega. “Eles têm um prazer muito grande em manter a Amazônia de pé, assim como nós, e vamos fazer um apelo para que nos ajudem a industrializar os nossos produtos, colocando-os no mercado internacional”, afirmou.
A vice-governadora do Acre, Nazareth Araújo, enfatizou a necessidade de investimentos em logística para atender ao escoamento da produção dos Estados da Amazônia. Ela alertou, ainda, para a importância da ampliação das Zonas Francas Verdes. “Participamos de uma reunião junto ao governo do Amapá, ocasião em que construímos uma defesa de ampliação da Zona Franca Verde. Nossos Estados todos eram pra ser considerados zonas francas verdes, mas tenho apenas três municípios do Acre, dois com 0,23% e um com 0,36% do território, considerados Zona Franca Verde”, destacou. “Precisamos nos unir pelo desenvolvimento da Amazônia, que respeite as nossas condições e nos dê condições de escoamento, além da produção”, finalizou.
Também se pronunciaram a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, e o presidente da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho, Marcelo Thomé, atentando para a necessidade de uma presença maior da SUFRAMA fora do Amazonas. O secretário de Fazenda do Amazonas, Alfredo Paes, destacou a importância da doação de terra da SUFRAMA para o Estado que possibilitou a construção do anel viário na Zona Leste de Manaus, viabilizando maior mobilidade urbana e logística para as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM).
O superintendente da SUFRAMA, Appio Tolentino, inicialmente destacou os números positivos que o Estado de Rondônia vem apresentando nos últimos anos. “De 2010 a 2015, o PIB (Produto Interno Bruto) de Rondônia cresceu 53% e o Valor Adicionado Bruto da economia rondoniense cresceu 55%. Dos R$ 29 bilhões em compras de mercadorias nacionais incentivadas pela SUFRAMA, 20% são oriundas de Rondônia”, destacou. “O Estado vem construindo ao longo dos anos um ambiente econômico atrativo, utilizando-se estrategicamente dos benefícios fiscais administrados pela SUFRAMA, seja na Área de Livre Comércio de Guajará-Mirim, seja nos demais municípios com incentivos do IPI, para comercialização e industrialização, proporcionando maior fluxo econômico no mercado regional”, observou.
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