O projeto Brasil Mais Produtivo atua em três frentes: busca por manufatura enxuta, isto é, diminuir os desperdícios produtivos, tornando os processos mais eficientes; eficiência energética; e a digitalização das fábricas para inserção do Brasil na quarta revolução industrial. Em dois anos de atuação, o programa trabalhou com três mil empresas em todo o país e conseguiu aumentar a taxa de produtividade das indústrias atendidas, em média, em 52% – o número é duas vezes e meia maior ao esperado no início do projeto (20%).
O foco do programa são as indústrias de pequeno e de médio porte e que tenham de 11 a 200 funcionários. A consultoria em manufatura enxuta, foco da primeira etapa do programa, custa R$ 18 mil, sendo que R$ 15 mil foram subsidiados pelo governo federal. Dados do programa mostram que o empresário recupera o investimento próprio, no valor de R$ 3 mil, em 23 dias. Com a soma subsidiada, o prazo de retorno é de quatro meses.
Produtividade e eficiência são palavras que estão na ponta da língua dos empresários, independentemente do porte da empresa. A busca por diminuir custos e aumentar os resultados ganha ênfase em períodos de desaquecimento da atividade econômica como a que o Brasil vem atravessando nos últimos anos. Por isso, programas que ajudem os empresários a identificar falhas nos processos e a tornar a empresa mais competitiva são essenciais. Nesse contexto, ganham relevância projetos como o Brasil Mais Produtivo, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) e executado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
Otimizar processos é essencial porque este é um dos gargalos da produção brasileira. Dados do estudo Produtividade na Indústria, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostram que o Brasil está na lanterna em relação aos dez principais parceiros comerciais mundiais. Enquanto a média de crescimento de produtividade brasileira em uma década foi de 5,5%, em países como a Coreia do Sul, o índice foi de 44%, nos Estados Unidos, 16,2% e no México, 9,2%.
Números das consultorias do Brasil Mais Produtivo mostram redução de 60,59% das movimentações dentro das fábricas no país. O projeto começou em abril de 2016 e, além do SENAI e do Sebrae, conta com a participação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
*Informações Agência CNI de Notícias