Para a entidade, é imprescindível que o Brasil tenha um ministério forte para elaborar, executar e coordenar as políticas públicas para o setor industrial, e monitorar seus impactos
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) defende que o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) seja forte e independente. A entidade de posiciona contra a sua incorporação por um eventual Ministério da Economia.
A proposta de uma extinção do MDIC preocupa o setor industrial. “Para a indústria brasileira, o próximo governo tem o desafio de colocar o Brasil de volta no caminho do desenvolvimento econômico e social. Precisamos avançar nas reformas, garantir investimentos em infraestrutura e desburocratizar a economia de modo geral”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
No entanto, segundo ele, é imprescindível que o Brasil tenha um ministério forte para elaborar, executar e coordenar as políticas públicas para o setor industrial, e monitorar seus impactos.
“A indústria não pode estar ligada a uma área que tem como prioridades o aumento de receitas e a redução de despesas. Os ministérios da Fazenda e do Planejamento desempenham papéis específicos. Quem vai defender as políticas industriais?”, questiona o presidente da CNI.
Robson Andrade destaca ainda o papel fundamental da indústria para o desenvolvimento econômico e social do país. Ele ressalta que que indústria contribui com R$ 1,2 trilhão para a economia brasileira e emprega 9,6 milhões de trabalhadores brasileiros, com os melhores salários. O setor industrial também responde por 51% das exportações, 68% do investimento em pesquisa e desenvolvimento do setor privado, 32% da arrecadação de tributos federais e 25% da arrecadação previdenciária. Na indústria, cada R$ 1,00 produzido gera outros R$ 2,32 para a economia. Na agricultura, esse um real gera R$ 1,67 e, no setor de serviços, R$ 1,51.
*Informações Agência CNI de Notícias