OGrupo de Trabalho de Pesquisa e Inovação do G20, presidido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), lançou nove entregas durante sua gestão, destacando-se a chamada colaborativa de pesquisa intitulada ‘Florestas tropicais: implicações globais e ações prementes’. O edital, fruto de uma parceria entre o Belmont Forum e o G20, está aberto para o recebimento de propostas até 12 de novembro deste ano.
No terceiro e último texto da série sobre entregas do Grupo de Pesquisa e Inovação do G20, o MCTI destaca a chamada internacional aprovada pelas principais economias do mundo em Manaus. Confira os textos anteriores sobre energia limpa e biodiversidade.
O objetivo da parceria é financiar projetos inovadores de pesquisa focados em Florestas Tropicais, incluindo a Amazônia, e na sustentabilidade, conforme explicou Carlos Matsumoto, chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do MCTI.
“Esta ação é uma contribuição concreta, em que os países do G20 e convidados participantes investirão recursos em projetos específicos, fomentando a pesquisa e inovação nas dimensões ambientais, sociais e econômicas do desenvolvimento sustentável”, afirmou.
A chamada conta com o apoio de 19 agências de fomento, incluindo dez fundações estaduais de amparo à pesquisa no Brasil. “A parceria com o Belmont Forum é uma das prioridades para promover pesquisa e inovação voltadas para uma Amazônia sustentável”, destacou Matsumoto.
Nicole Arbour, diretora executiva do Belmont Forum, explicou que o tema foi escolhido a partir das prioridades dos membros do fórum. “As florestas tropicais são um interesse global claro. Identificamos essa prioridade, e muitos membros concordaram que era também uma prioridade para eles”, disse.
A chamada abrange as bacias da Amazônia, do Congo (na África) e de Borneo-Mekong (no Sudeste Asiático), com uma abordagem transdisciplinar que busca reduzir o desmatamento, promover o desenvolvimento sustentável e fortalecer economias locais. As áreas de foco incluem a função dos ecossistemas, conectividade, ciência climática, além de justiça ambiental e governança.
Nicole Arbour enfatizou que o edital permitirá o financiamento de projetos concretos, com a participação dos países do G20 e de outros convidados. “Será uma chamada inclusiva global com o objetivo de engajar essas bacias tropicais e compreender melhor em diferentes partes do mundo, como interagem com ecossistemas muito próximos, como caminhos em que interagem em ambientes globais. Também há muitas similaridades e melhores práticas que podem ser compartilhadas ao redor do mundo”, pontuou. Arbour também destacou a importância de envolver as comunidades indígenas e locais que dependem das florestas para viver e que fazem parte desses sistemas florestais.
Confira os detalhes da chamada e submeta sua proposta aqui.
Declaração de Manaus
O Grupo de Trabalho (GT) de Pesquisa e Inovação do G20, que reúne as 20 maiores economias globais, finalizou a reunião em Manaus, com a aprovação da Declaração de Manaus, no dia 19 de setembro.
O documento foi aprovado por consenso pelos delegados dos países participantes e destaca o papel da inovação aberta como ferramenta essencial para enfrentar desafios globais e reduzir desigualdades no acesso e produção de avanços científicos e tecnológicos.
Principais entregas do GT de Pesquisa e Inovação do G20:
1. Os Termos de Referência do Grupo de Trabalho de Pesquisa e Inovação do G20.
2. A Estratégia do G20 para promover a cooperação em inovação aberta.
4. A Parceria do G20 e do Fórum Belmont para Pesquisa e Inovação na Amazônia e nas Florestas Tropicais.
G20 Brasil
A presidência brasileira do G20 encerra em novembro após com a Cúpula de chefes de Estado e de Governo do grupo, no Rio de Janeiro. O lema do mandato brasileiro é “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, que reforça os compromissos com a redução da fome, da pobreza e da desigualdade a nível mundial, bem como o desenvolvimento socioambiental com uma transição ecológica justa e inclusiva.
Saiba mais sobre as ações do país no G20 no site https://www.g20.org
Fonte: Ministério da Ciência, tecnologia e inovação