Há um ano para o Brasil sediar a COP30 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, diversos setores organizam discussões prévias, com a expectativa de prestar contribuições para facilitar os encaminhamentos e decisões na COP. A segunda edição da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, agendada para 6 a 8 de novembro próximos, em Belém (PA) vai receber mais de 130 palestrantes de vários países. As inscrições estão abertas, são gratuitas e com vagas limitadas.
Um dos focos principais é estruturar uma agenda de sugestões voltada a efetivar uma reação mais qualificada para recuperar o potencial da Amazônia em frear os efeitos das mudanças climáticas, tendo por premissa promover as novas economias e, ao mesmo tempo, proteger a biodiversidade e agir contra as atividades ilegais que destroem o meio ambiente e prejudicam a população e a economia da região.
A pauta foi organizada a partir de sugestões de mais de 80 representantes de diversos setores. A programação aborda muitos assuntos, tais como: Crime ambiental em territórios protegidos e indígenas; A conservação da biodiversidade e a reversão do tipping point/ponto de não retorno da Amazônia; Os desafios do desmatamento zero em 2030; Os desafios das Novas Economias da Amazônia: Biotecnologia; O conflito entre mineração e garimpo ilegal na Amazônia; A Agenda de Transição Energética, os desafios globais e o papel do Brasil.
O evento terá a participação confirmada de indígenas, quilombolas, povos ancestrais, ribeirinhos, acadêmicos, jornalistas, empresários, ambientalistas, governo, parlamentares, diplomatas e demais representantes de governos. Consulte a lista atualizada de patrocinadores, apoiadores, palestrantes e participantes no site do evento.
“Nossa proposta é realizar um dos maiores eventos que antecedem a COP30”, afirma Raul Jungmann, ex-ministro e ex-presidente do IBAMA, atual diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), um dos idealizadores da Conferência. “Teremos discussões de altíssimo nível voltadas a propor rumos para desenvolver a Amazônia. Vamos ouvir opiniões e propostas de várias correntes, brasileiras e estrangeiras, e em especial dos povos da Amazônia. Esperamos que a Conferência represente uma contribuição à pauta e às decisões a serem tomadas na COP30”, completa.
Segundo Jungmann, proteger e desenvolver a Amazônia, por meio da promoção das novas economias e da sustentabilidade, mantendo a floresta em pé, são iniciativas estratégicas para fortalecer o enfrentamento da emergência climática. Além disso, ele ressalta que este movimento coordenado, com participação do setor público e da iniciativa privada, teria outro reflexo positivo, o de forçar a retração das atividades criminosas, que destroem aquela região crucial para a nossa sobrevivência.
Conferência tem curadoria da ex-ministra e membro da ONU, Izabella Teixeira
A Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias tem como curadora a ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, atual Membro do Conselho Econômico e Social da ONU. Duas keynote speakers se destacam na programação: Laurence Tubiana, CEO da European Climate Fondation (ECF), representante especial do governo francês para a COP 21, que selou o Acordo de Paris em 2015. Ela fará sua apresentação no dia 6/11, às 15h; Ellen Johnson Sirleaf, primeira mulher africana a ser eleita presidente (Libéria) e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz. Ela falará ao público no dia 8/11 às 12h.
Na primeira edição da Conferência, em 2023, participaram como oradores principais Ban Ki-moon, ex-secretário-geral da ONU, Tony Blair, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, e Iván Duque ex-presidente da Colômbia. Com a participação de Ellen Sirleaf e de Laurence Tubiana o objetivo é diversificar ao máximo a pluralidade de visões e propostas para que os participantes da conferência possam estabelecer propostas realistas, plenamente adequadas ao contexto envolvendo a Amazônia, sua proteção e desenvolvimento.
Envolvimento de múltiplos segmentos na conferência indica maturidade em relação à Amazônia
Raul Jungmann destaca que a preocupação em torno da Amazônia tem sido uma crescente, em especial, entre os brasileiros. Tanto que personalidades e grandes marcas estão envolvidas na Conferência. Segundo ele, este evento tem, também, o objetivo de despertar nas pessoas a reflexão de que sem resguardar a Amazônia ninguém terá melhor qualidade de vida, agora ou no futuro. O envolvimento das organizações de vários setores é extremamente positivo e representa um novo nível de maturidade em termos de se demonstrar preocupação e agir em prol do meio ambiente e da sobrevivência do planeta.
A Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias tem a parceria do governo do Pará e é apresentada por Vale e tem como patrocinadores: BHP (categoria master); Hydro (categoria premium); Itaú e MRN (categoria Belém); Alcoa (categoria gestão de resíduos); FIEPA (categoria indústria). Os apoiadores institucionais são: CNI, CEBDS, Aberje, Uma Concertação para a Amazônia. Também figuram como apoiadores o Sesi e o Senai. A Latam é a companhia aérea oficial.
Segunda edição da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias
data: 6 a 8/11/2024
Local: Belém (PA)
Inscrições gratuitas: https://www.amazoniaenovaseconomias.com.br/
Público-alvo: profissionais de setores vinculados às novas economias, gestores públicos, executivos de empresas, profissionais da sustentabilidade e de ESG, gestores e profissionais de organizações da sociedade civil, comunidades de povos ancestrais e originários, negócios de impacto, cooperativas e associações, acadêmicos, ambientalistas, imprensa, público em geral.
Fonte: Ibram