Por Claudio de Lima Barbosa
Um velho e experiente lenhador foi desafiado por outro mais jovem em uma disputa que mostraria qual dos dois seria o mais competente. Tal duelo causou alvoroço nos moradores do local. Muitos passaram a crer que talvez, dessa vez, o velho lenhador, que sempre ganhava esse tipo de desafio, iria, finalmente, perder porque seu adversário tinha a vantagem de ser mais forte e vigoroso....
Por Claudio de Lima Barbosa
Um velho e experiente lenhador foi desafiado por outro mais jovem em uma disputa que mostraria qual dos dois seria o mais competente. Tal duelo causou alvoroço nos moradores do local. Muitos passaram a crer que talvez, dessa vez, o velho lenhador, que sempre ganhava esse tipo de desafio, iria, finalmente, perder porque seu adversário tinha a vantagem de ser mais forte e vigoroso.
No dia da disputa, a população local se reuniu para assistir os dois em ação. O jovem se entregou com toda energia, aplicando toda força possível para cortar o maior número de árvores. De vez em quando, olhava para trás e via o velho sentado. Punha-se a cortar mais ainda. Ao final, foram medir a produtividade da façanha e notou-se que o velho lenhador havia cortado muito mais lenha. O jovem intrigado não resistiu e perguntou: – Como pode cortar mais lenha se toda vez que olhava pra trás via o senhor descansando? Prontamente o campeão retrucou: – Não descansava, amolava meu machado para obter mais resultado.
Essa conhecida fábula, aqui livremente narrada por mim, me faz refletir sobre o modus operandi de muitos trabalhos realizados pelas equipes. Em um conjunto maior me faz pensar que talvez existam chefes que “emburrecem” seus colaboradores. Nesse sentido, me pus a refletir um pouco mais sobre o tema e tentei sintetizar aqui o que eu penso.
Dizia Karl Marx que o homem é produto do meio. Nesse sentido, se o ambiente de trabalho propiciar o pleno desenvolvimento das capacidades humanas aliada à busca de resultados extraordinários, teremos como produto um time robusto e de alto desempenho. A recíproca é verdadeira. Havendo no meio, condições que travam o homem, que o impeçam de expressar suas experiências anteriores, um ambiente que desintegra e desrespeita, e onde não seja permitido inovar, o homem será apenas massa de manobra, um apêndice da máquina. Por mais brilhante que seja o colaborador, por mais experiência que ele tenha adquirido em empresas anteriores, tudo isso pode ser derrubado se o profissional estiver em um ambiente que o limite, que o sufoque, que não lhe seja permitido expressar-se ou por força política ou por uma rotina nociva construída sobre ineficiência operacional, que o prende em modus faciendi burro.
Essa experiência o vai condicionando por meio de repetições de jeitos menos inteligente de trabalhar e, quando há a tentativa de efetuar melhoria, aquele que está na linha de comando imediatamente começa a recitar um mantra maldito que hipnotiza, desencoraja, desmotiva e, enfim, “emburrece” a equipe. Lamentável!
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