País está tentando lidar com custos crescentes de gás e eletricidade causados em grande parte por um colapso no fornecimento de gás russo para Europa
O chanceler alemão, Olaf Scholz, estabeleceu um “escudo defensivo” de 200 bilhões de euros nesta quinta-feira (29) para proteger empresas e consumidores contra o impacto do aumento dos preços da energia.
A maior economia da Europa está tentando lidar com os custos crescentes de gás e eletricidade causados em grande parte por um colapso no fornecimento de gás russo para a Europa, que Moscou atribuiu às sanções ocidentais após a invasão russa à Ucrânia em fevereiro.
“Os preços têm que cair, então o governo fará tudo o que puder. Para isso, estamos montando um grande escudo defensivo”, disse Scholz, delineando o pacote.
De acordo com os planos, que serão financiados com novos empréstimos, o governo introduzirá um freio de emergência no preço do gás e da eletricidade e eliminará uma taxa de gás previamente planejada aos consumidores para evitar novos aumentos de preços.
As usinas nucleares no sul da Alemanha, que deveriam ser fechadas até o final deste ano, poderão continuar funcionando até a primavera de 2023.
Berlim suspendeu seu teto para novas dívidas de 0,35% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. O ministro das Finanças, Christian Lindner, disse anteriormente que quer cumprir o teto no próximo ano.
Lindner disse nesta quinta-feira que a Alemanha financiará o pacote de ajuda com novos empréstimos, acrescentando que as finanças públicas do país estão estáveis.
“Queremos separar claramente as despesas de crise de nossa gestão orçamentária regular, queremos enviar um sinal muito claro aos mercados de capitais.”
A taxa de gás, que deveria entrar em vigor a partir de sábado e durar até abril de 2024, foi concebida com o objetivo de ajudar as concessionárias a cobrir o custo de substituição do fornecimento russo.
No entanto, a necessidade da taxa passou a ser questionada após a decisão do governo de nacionalizar a Uniper, o maior importador de gás russo da Alemanha.
Fonte: Reuters