Por Margarida Galvão
Ainda que, oficialmente, os indicadores do Polo Industrial de Manaus (PIM) não tenham sido divulgados, referente ao primeiro semestre de 2015, as notícias não são nada boas. Empresários e dirigentes de classe atestam que os primeiros seis meses de 2015 foram difíceis, cheios de incertezas e tentam buscar saídas no sentido e que haja retomada no crescimento industrial neste segundo semestre e com isso possam recuperar parte das perdas. Em alguns setores, como o de duas rodas, a queda na produção chegou a 10% em relação a igual período de 2014. Os dirigentes de classe entendem que pelo fato da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) não estar funcionando adequadamente, por conta das incertezas com relação ao seu futuro, também contribuiu para este cenário.
Por Margarida Galvão
Ainda que, oficialmente, os indicadores do Polo Industrial de Manaus (PIM) não tenham sido divulgados, referente ao primeiro semestre de 2015, as notícias não são nada boas. Empresários e dirigentes de classe atestam que os primeiros seis meses de 2015 foram difíceis, cheios de incertezas e tentam buscar saídas no sentido e que haja retomada no crescimento industrial neste segundo semestre e com isso possam recuperar parte das perdas. Em alguns setores, como o de duas rodas, a queda na produção chegou a 10% em relação a igual período de 2014. Os dirigentes de classe entendem que pelo fato da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) não estar funcionando adequadamente, por conta das incertezas com relação ao seu futuro, também contribuiu para este cenário.
O gerente de Relações Institucionais da Moto Honda da Amazônia, Mario Okubo, disse que a expectativa para 2015 era de que pelo menos empatasse com o ano anterior, no entanto, o horizonte não diz isso diante do resultado obtido no primeiro semestre. “Foi 10% menor em relação a igual período de 2014”, informou. Para o segundo semestre, o executivo avaliou que a saída será aumentar as exportações, o que não depende somente da fabricante de motocicleta. “Existem dificuldades burocráticas, além do custo Brasil não ser nada fácil”, assinalou, apontando como outra saída a nacionalização de componentes. A Honda que em 2012 gerava mais de 10 mil empregos diretos hoje está na faixa de 8 mil, o mesmo aconteceu com a produção de motocicletas que deverá encolher de 1,17 milhão em 2014 para 1,1 milhão em 2015.
Informações dos indicadores divulgados pela Suframa atestam que o polo de duas rodas é o mais verticalizado. Existem 16 empresas produtoras de motocicletas e 76 de componentes como aro, amortecedor, etc., sendo considerado um case de sucesso. A capacidade de produção deste polo é de 3 milhões de motocicletas por ano. Os dirigentes do setor temem que este número caia para 900 mil no ano que vem em razão do quadro de crise. Um recuo como nunca se viu neste mercado. “Mais do que nunca, precisamos fazer o planejamento para gastar da melhor forma possível, racionalizar, ver o que é prioritário”, disse Okubo.
No segmento de eletroeletrônico, o cenário também foi de retração. A Whirlpool, fabricante de fornos micro-ondas, condicionados de ar split e de janela, além de lavadoras de louça, sentiu o peso da crise econômica. O vice-presidente de relações governamentais da América Latina, Armando Ennes do Valle Junior, informou que o segmento de ar condicionado, que funciona sazonalmente, terminou o semestre com o estoque bastante alto, devido o verão ter chegado em meio à crise. O dirigente acredita que neste ano a produção de split será bem menor em relação ao anterior, por conta da sobra de estoque, “além de que a expectativa de verão não é das melhores”. Quanto ao micro-ondas, Ennes disse que também teve queda substancial neste semestre. “O Dia das Mães, uma data importante para vender o produto, não teve boa performance”. A expectativa da Whirlpool é que no último trimestre do ano o mercado consumidor reaja a fim de estrear 2016 com novos horizontes.
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, voltou a questionar o papel da Suframa, de que não estaria funcionando adequadamente, porque atualmente vive de incertezas com relação a sua própria existência. “Hoje a Suframa está pior do que a gente no quesito pedinte; não se sabe se vai continuar sendo uma autarquia ou virar agência”, lamentou o dirigente voltando a frisar que hoje não se sabe quantos projetos de implantação, ampliação e diversificação tem para serem analisados e nem quando ocorrerá a próxima reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS).
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