A bioeconomia se destaca como uma solução promissora para promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia, levando em conta sua rica biodiversidade, complexidade e diversidade cultural. Essa abordagem valoriza as florestas em pé, os rios e os saberes tradicionais, contribuindo para a coevolução da região. Com ênfase na escalabilidade, viabilidade e arranjos colaborativos, a bioeconomia pode gerar empregos, preservar a biodiversidade e fortalecer modelos de negócios que beneficiem tanto a população local quanto os povos originários. Este tema será amplamente debatido na 2ª edição da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, que ocorrerá em Belém, entre os dias 6 e 8 de novembro. Clique aqui para se inscrever gratuitamente! O evento é organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e conta com o apoio e patrocínio de diversas organizações de diferentes segmentos econômicos.
O painel sobre bioeconomia contará com a participação de Izete dos Santos Costa, conhecida como Dona Nena, diretora da Combu Chocolates e Doces Artesanais. Ela acredita que a bioeconomia pode desempenhar um papel crucial no combate ao desmatamento e na promoção do desenvolvimento sustentável da região. “Um futuro próspero é possível se acreditarmos nos pequenos negócios de impacto, geridos por pessoas da própria Amazônia, sem depender de intermediários ou cobranças de grandes empresas, ONGs ou do governo”, afirma.
Dona Nena também enfatiza que, ao “superarmos o medo de empreender com nossos próprios recursos e darmos oportunidades para que as riquezas da Amazônia sejam exploradas pelo seu povo, teremos exemplos concretos de bioeconomia”, sinaliza. Caso contrário, ela acredita que a região continuará a ser uma mera fonte de matéria-prima para negócios tradicionais.
Entre os principais desafios enfrentados na produção de chocolates orgânicos na Amazônia, ela menciona o fornecimento regular de água na região do Combu. “Precisamos comprar água mineral em grande volume e implementar um sistema para tratar a água da chuva”, explica. Além disso, a escassez de energia elétrica na região gera custos adicionais e interrupções frequentes. “Isso nos obriga a utilizar geradores a diesel, que produzem poluição sonora e geram resíduos da queima do combustível”, analisa.
Sobre a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias
Um dos focos principais é estruturar uma agenda de sugestões voltada a efetivar uma reação mais qualificada para recuperar o potencial da Amazônia em frear os efeitos das mudanças climáticas, tendo por premissa promover as novas economias e, ao mesmo tempo, proteger a biodiversidade e agir contra as atividades ilegais que destroem o meio ambiente e prejudicam a população e a economia da região.
A pauta foi organizada a partir de sugestões de mais de 80 representantes de diversos setores. A programação aborda muitos assuntos, tais como: Crime ambiental em territórios protegidos e indígenas; A conservação da biodiversidade e a reversão do tipping point/ponto de não retorno da Amazônia; Os desafios do desmatamento zero em 2030; Os desafios das Novas Economias da Amazônia: Biotecnologia; O conflito entre mineração e garimpo ilegal na Amazônia; A Agenda de Transição Energética, os desafios globais e o papel do Brasil. Confira aqui toda a programação.
O evento terá a participação confirmada de indígenas, quilombolas, povos ancestrais, ribeirinhos, acadêmicos, jornalistas, empresários, ambientalistas, governo, parlamentares, diplomatas e demais representantes de governos.
A II Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias tem a parceria do governo do Pará e é apresentada pela Vale e tem, como patrocinadores na categoria Master, as empresas BHP, Hydro; como patrocinadores Belém, o Itaú e a MRN; como patrocinador Gestão de Resíduos, a empresa Alcoa; como patrocinadores Sustentabilidade, o Conselho Indígena Mura e a Potássio Brasil. Já na categoria Compensação de Carbono, a Conferência tem como patrocinador a Ambipar. A Latam é companhia aérea oficial do evento.
Serviço
Segunda edição da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias
Data: 6 a 8/11/2024
Local: Belém (PA)
Inscrições gratuitas: https://www.amazoniaenovaseconomias.com.br/
Público-alvo: profissionais de setores vinculados às novas economias, gestores públicos, executivos de empresas, profissionais da sustentabilidade e de ESG, gestores e profissionais de organizações da sociedade civil, comunidades de povos ancestrais e originários, negócios de impacto, cooperativas e associações, acadêmicos, ambientalistas, imprensa, público em geral.
Fonte: MDIC