Por Isaac Júnior/Suframa
A Suframa realizou na tarde desta sexta-feira (28), no auditório da Autarquia e em parceria com o Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), o evento “ESG (Environmental, Social and Governance). O objetivo foi abrir uma discussão entre profissionais técnicos da própria Suframa, da indústria e do meio acadêmico, sobre as boas práticas implantadas nas empresas nos âmbitos ambientais, sociais e de governança,
O encontro foi coordenado pelo superintendente-adjunto Executivo da Suframa, Luiz Frederico Aguiar, e pelo presidente do Cieam, Luiz Augusto Barreto Rocha. Os trabalhos tiveram como mediadora a coordenadora da Comissão de ESG do Cieam, Regia Moreira Leite, e foram divididos em três palestras, todas relacionadas aos avanços obtidos pelas indústrias instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) sobre a temática.
Na primeira palestra, o empresário Sergio Capela, que é diretor na Visteon Amazonas, não apenas enfatizou a importância do ESG para a sociedade, como reiterou que tais práticas são um caminho sem volta, pautado pelo mercado financeiro e algo de suma importância a ser atingido. “O ESG está na vida de todos”, sintetizou Capela, que entre outros pontos, destacou o “Programa Visteon Amazonas Gestão Humanizada e Resultados como consequência, como resultado de uma cultura ESG de engajamento dentro da empresa.
As duas outras palestras – que também apresentaram casos de sucesso de empresas que têm implementado medidas eficazes para reduzir o impacto ambiental, promover a inclusão social e garantir uma gestão transparente e ética – foram apresentadas por Hamzah Ahmad Nasser, representante da Electrolux, e Dahlson Bisker de Abreu, gerente da Tutiplast Indústria e Comércio Ltda.
No grupo Electrolux, que tem mais de 100 anos de história, com 30 fábricas espalhadas pelo mundo, um dos fatores positivos ressaltados Hamzah Ahmad no evento, é que 50% da governança é formada por mulheres em Manaus.
Já na Tutiplast, Dahlson Bisker sintetizou que o ESG passou a ser o centro das estratégias na empresa. “O cliente não é obrigado a entender de plástico, mas a gente é”, observou.
Privilégio
Para o presidente Luiz Augusto Barreto Rocha, eventos como esse realizado nesta sexta-feira, representam um privilégio para o Cieam, pelo fato de a instituição estar próxima à Suframa, principalmente em torno da expectativa que se criou para a reforma tributária. Segundo ele, ambas instituições são construtoras de relacionamentos mais próximos e de sucesso.
“Sem dúvida, a Suframa, tão próxima como está do Cieam e da Zona Franca de Manaus, será mais do que nunca construtora de realidades melhores para os dias que virão”, sugeriu, e foi enfático quando questionado sobre se ESG é uma realidade: “É uma em construção no mundo, não apenas no Amazonas. Temos aqui casos de sucesso que foram apresentados e demonstram claramente que a Zona Franca de Manaus é um vetor importante de manutenção também de gestão para o mundo. Não apenas preservação da floresta, mas principalmente, gestão”, acrescentou o presidente.
Modernização
Frederico Aguiar, que representou o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, considerou relevante o encontro e o relacionou com a terceira meta da nova gestão da Autarquia, que é a modernização, com a finalidade de trazer os debates de gestão moderna mundial para a organização. E aí entram diversidade, protagonismo feminino, e o debate sobre ESG.
“O mundo inteiro hoje está preocupado, os investidores só investem em empresas que tenham programas de ESG, e o objetivo da Suframa é ser uma indutora de programas ESG das indústrias e das empresas instaladas na Zona Franca de Manaus. Nós temos uma empresa aqui que é a quarta do Brasil e a primeira da Zona Franca a conseguir uma certificação oficial de ESG, ou seja, nós já estamos na vanguarda. Nossa meta é nos manter na vanguarda e trazer a todas as demais empresas essa possibilidade”, frisou Frederico.