Brasil é líder em inovação na América Latina

Após mais de uma década, país volta a integrar o top 50 do ranking mundial
Ministra Luciana Santos na abertura do Congresso. Foto: Luara Baggi.

Da Redação, com informações da Agência Brasil e CNI

Nesta quarta-feira, 27, a ministra Luciana Santos, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), anunciou que o Brasil lidera o ranking de inovação na América Latina. Os dados, divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foram anunciados durante o 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, que acontece nos dias 27 e 28 de setembro, no São Paulo Expo (SP).

O Brasil subiu cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI) na comparação com o ranking de 2022, ocupando o 49º lugar entre 132 países. O país passou a liderar o ranking dos países da América Latina e Caribe, ultrapassando pela primeira vez o Chile (52), após 12 anos fora do recorte das 50 economias mais bem classificadas no IGI.

Para a ministra Luciana Santos esse é o resultado de uma união de esforços do Governo Federal junto a associações como a CNI e outros setores da sociedade. Segundo ela, a inserção do Brasil como um competidor global deve partir de um plano audacioso, capaz de transformar conhecimento em riqueza.

“O MCTI tem cada vez mais o papel de desenvolver os potenciais da biodiversidade brasileira. A bioeconomia pode reestruturar a indústria do brasil com uma base verde, com as matrizes energéticas renováveis o brasil tem potencial de liderar o processo de transição energética do mundo. Para isso, ele precisa do apoio das universidades, governo e indústria”, explicou a ministra.

Como exemplo desse empenho, Luciana Santos citou a reestruturação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que visa aperfeiçoar a governança quanto aos processos de formulação das políticas nacionais de desenvolvimento industrial. Bem como a criação do primeiro laboratório de máxima contenção biológica (NB4) da América Latina, com investimentos da ordem de R$1 bilhão, e o programa Mais Inovação Brasil, que destina R$66 bilhões para a área de inovação.

O vice-presidente da república e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, enviou um vídeo, que foi exibido durante a abertura do Congresso. O ministro falou sobre a importância do Brasil incorporar a sustentabilidade e a inovação como pilares indispensáveis no processo de neoindustrialização do país.

Alckmin reforçou o que já vem falando a diferentes audiências, que esse processo se baseia na criação de políticas públicas com foco em sustentabilidade, inclusão social e tecnológica. A ideia do vice-presidente é alavancar o setor no País, trabalhando na descentralização da indústria, investindo em regiões que precisam de atenção nesse setor, como a Amazônia.

Potencial – Mesmo com os ganhos de posições, sustentado pelo terceiro ano consecutivo, a colocação brasileira ainda é considerada pela CNI aquém do potencial do país, que hoje tem a 10ª maior economia do mundo. A melhor posição do Brasil no IGI foi em 2011, em que chegou ao 47 º lugar.

Os dez países mais bem colocados no índice são: Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Singapura, Finlândia, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Coreia do Sul. A classificação é divulgada anualmente, desde 2007, pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI – WIPO, na sigla em inglês), em parceria com o Instituto Portulans e o apoio de parceiros internacionais – no caso do Brasil, a CNI e a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), parceiras na produção e divulgação do IGI desde 2017.

10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria tem 20 mil inscritos

Com o tema “Ecoinovação: rumo à Indústria competitiva e sustentável”, o 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria recebeu mais de 20 mil inscritos, que podem acompanhar os dois dias de evento tanto em módulo presencial, quanto por transmissão online.

A iniciativa é uma parceria entre Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e conta com correalizadores como SESI, SENAI e IEL.

Para o presidente do CNI, Robson Braga, o Brasil precisa ter clareza para fomentar competitividade, parceria entre a CNI e essas outras instituições são fundamentais para o crescimento das empresas e para o desenvolvimento econômico e social do país.

“A criação do evento em 2005 foi uma iniciativa plenamente acertada para estimular a cultura de inovação e para que a indústria brasileira acompanhasse os avanços tecnológicos no mundo. Os resultados alcançados ao longo dos anos foram muito positivos, passamos de 400 pessoas participando para mais de 20k esse ano”, apontou o presidente.

Nos dias 27 e 28 de agosto, o congresso receberá 18 palestrantes internacionais e 42 brasileiros, além de trazer painéis com enfoque em sustentabilidade, inovação associada à economia verde e tecnologia.

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