O Brasil fechou 2018 com saldo positivo de 529,5 mil novos empregos formais, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira (23) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Foi o melhor resultado desde 2013 e o primeiro saldo positivo desde 2014, quando houve geração de 420,6 mil empregos formais.
Em dezembro, em decorrência da sazonalidade negativa do mês em alguns setores de atividade, o mercado formal teve retração. A queda do saldo no mês (-334,4 mil postos) foi resultado de 961,1 mil de admissões e 1,2 milhão de desligamentos. O Comércio se destacou positivamente, com abertura de 19,6 mil novos postos. O resultado foi impulsionado pelo subsetor do Comércio Varejista (21,9 mil postos formais). Apesar de ser, historicamente, um período de retração, o último mês de 2018 pode ser considerado o segundo melhor para o mercado formal desde dezembro de 2007, quando foram fechadas 319,4 mil vagas.
Resultados do ano – No acumulado do ano, o emprego celetista cresceu em todas as regiões do país. O Sudeste teve o melhor desempenho, com 251,7 mil novos postos (+1,27%), seguido pelo Sul (102,2 mil postos, +1,45%), Nordeste (80,6 mil postos, +1,30%), Centro-Oeste (66,8 mil postos, +2,14%) e Norte (28,1 mil postos, +1,65%).
Dezembro – A sazonalidade típica do mês se refletiu no desempenho dos setores da Indústria de Transformação (-118 mil postos), Serviços (-117,4 mil postos), Construção Civil (-51,5 mil postos), Agropecuária (-47,6 mil postos), Administração Pública (-16,9 mil postos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-1,4 mil postos) e Extrativa Mineral (-1 mil postos). O saldo negativo nestes setores resultou de fatores como a paralisação das obras na Construção Civil pelo regime de chuvas, a entressafra agrícola na Agropecuária, as férias nos Serviços de Educação e os ajustes no quadro de pessoal das indústrias depois de atendidas as encomendas de fim de ano.
MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA
Em relação às mudanças introduzidas com a nova lei trabalhista, no acumulado do ano o Caged registrou 163,7 mil desligamentos decorrentes de acordo entre empregador e empregado. Foram 80,1 mil (48,9%) nos Serviços, 40,2 mil no Comércio (24,6%), 26,1 mil na Indústria de Transformação (16,0%), 9,2 mil na Construção Civil (5,7%) e 5,9 mil na Agropecuária (3,6%).
*Informações Secretaria de Previdência e Trabalho