Saída do Reino Unido da União Europeia ainda não foi concretizada, mas já faz primeiras vítimas.
A companhia aérea regional britânica British Midland Regional Limited (Flybmi) cancelou todos os voos, após declarar falência devido a diversas \”dificuldades\”, incluindo a elevação dos preços dos combustíveis e as incertezas criadas pelo Brexit, anunciou a empresa no último sábado (16).
O aumento dos preços do querosene de aviação também se deve à exclusão parcial das companhias aéreas britânicas do comércio de emissões da União Europeia (UE), informou a empresa.
A incerteza contínua antes do Brexit também fez com que a companhia aérea deixasse de fechar contratos valiosos, anunciou a empresa, acrescentando que a Flybmi já não é mais capaz de \”conseguir contratos aéreos rentáveis na Europa\”.
\”Com grande pesar tivemos de fazer este anúncio inevitável\”, afirmou um porta-voz da companhia, que também agradeceu aos empregados que \”trabalharam duro\” nos últimos anos.
O secretário-geral da Associação de Pilotos Britânicos (Balpa, na sigla em inglês), Brian Strutton, afirmou que o colapso da Flybmi é uma \”notícia devastadora\” para os funcionários.
\”Lamentavelmente, a Balpa não foi avisada nem recebeu informação da empresa. Os nossos próximos passos serão apoiar os pilotos da Flybmi e ver com a direção e a administração da companhia se os empregos podem ser salvos\”, indicou Strutton.
A companhia aérea, com 376 empregados – no Reino Unido, Alemanha, Suécia e Bélgica – e 17 aviões, tem sua base no aeroporto inglês de East Midlands e voa para 25 destinos europeus.
A empresa aconselha seus clientes a procurarem a devolução das reservas junto a empresas de cartões de crédito, dos sites de reservas online ou seguros de viagem. A Flybmi transportou 522 mil passageiros no ano passado em \”codeshare\” (parceria) com parceiros europeus, incluindo Lufthansa, Turkish Airlines e Air France.
Agência DW