A carga de energia elétrica no Brasil teve uma queda de 7.200 megawatts (MW), equivalente a cerca de 10% para um dia típico, entre 14h20 e os primeiros minutos da estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo, na quinta-feira (25), segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A Copa costuma ter impacto significativo na carga de eletricidade do Sistema Interligado Nacional (SIN) em dias de jogos da seleção ou jogos da fase final, dada a grande mobilização nacional para acompanhamento televisivo do campeonato.
Nesses dias, muitas atividades de setores industriais e comerciais são interrompidas devido ao deslocamento das pessoas para assistirem ao evento.
O órgão informou ainda que, às 15h02 de quinta-feira, ocorreu um desligamento automático de linhas de transmissão no Amapá, interrompendo 272 MW de cargas na região metropolitana da capital Macapá.
Segundo a Energisa, que opera as linhas, a interrupção foi provocada por uma descarga atmosférica. “A Energisa informa que uma descarga atmosférica provocou a interrupção na rede de transmissão de energia entre Laranjal e Macapá às 15h02 de quinta-feira (24). A transmissora recompôs toda sua rede em um minuto e todo o sistema foi restabelecido às 15h20 pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), permitindo que o fornecimento na região fosse normalizado”.
Segundo o ONS, durante o intervalo entre o primeiro e o segundo tempo do jogo, a carga no país chegou a subir 4%, ou 2.600 MW –o equivalente às cargas médias do Maranhão e Distrito Federal combinados.
Essa rápida elevação da carga no intervalo é influenciada pela desmobilização das pessoas diante da televisão, aproveitando o momento para atividades domésticas, a exemplo da utilização de eletrodomésticos como micro-ondas e geladeiras, observa o ONS.
Uma hora após o encerramento da partida de quinta-feira, a carga subiu 13%, ou 9.600 MW, o que corresponde à soma da carga média de Goiás e Minas Gerais, que juntos totalizam 13% da população brasileira.
Fonte: Reuters